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Brexit/Reino Unido

May defende acordo com Partido Trabalhista para salvar Brexit no Reino Unido

A primeira-ministra britânica Theresa May disse em um vídeo postado neste domingo (7) que chegar a um acordo nas discussões sobre o Brexit entre o governo e a oposição exigirá "compromissos de ambos os lados".

A primeira-ministra britânica Theresa May, em 3 de abril de 2019.
A primeira-ministra britânica Theresa May, em 3 de abril de 2019. REUTERS/Peter Nicholls
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"Há um monte de coisas que eu discordo do Partido Trabalhista, mas, sobre o Brexit, eu acho que existem alguns pontos em que podemos chegar a um acordo", disse a líder conservadora. O governo de Theresa May se comprometeu desde quarta-feira (3) a negociar com a oposição para tentar encontrar um acordo que possa ser aprovado pelo Parlamento, para realizar a saída do Reino Unido da União Europeia (EU). Ele já foi adiado pela primeira vez em março e pode ser adiado pela segunda vez na próxima semana.

"Podemos encontrar uma solução que garanta um bom acordo aceite pelo Parlamento? Isso vai exigir compromissos de ambos os lados", disse Theresa May em um vídeo de pouco mais de dois minutos, que a mostra sentada em um sofá do Castelo de Chequers (noroeste de Londres), a residência rural dos primeiros-ministros britânicos.

Parlamentares britânicos já rejeitaram três vezes o acordo de saída negociada entre Londres e Bruxelas. "Eu não imagino conseguir aprovar nada no estado atual das coisas", disse May, durante o vídeo. "É por isso que tentar novos métodos, uma nova abordagem para chegar a um acordo no Parlamento, e isso envolve discussões transpartidárias", justificou a chefe do governo, enquanto uma parte do seu partido a criticou duramente por tentar negociar com a oposição.

Mais cedo, a deputada trabalhista Rebecca Bailey-Long tinha considerado "decepcionante" "nenhuma mudança real" nas propostas do governo, mas sublinhou que "a atmosfera geral [das discussões] é bastante positiva e otimista".

Diferenças

O Partido Trabalhista quer manter incluindo o Reino Unido em uma união alfandegária com a UE após Brexit, solicitação que o Partido Conservador e o governo se recusam a acatar, alegando que isso impediria Londres de conduzir uma política comercial independente em relação a outros países.

Enquanto espera para encontrar um denominador comum com os líderes europeus, Theresa May afirmou esta semana um novo adiamento da data de Brexit, inicialmente previsto para 29 de março, e transferido para 12 de abril. May gostaria que a data fosse adiada para 30 de junho .

Um Conselho Europeu excepcional dedicado ao Brexit se reunirá em 10 de abril. O pedido de adiamento terá de ser aprovado por unanimidade pelos outros 27 estados membros do bloco europeu para entrar em vigor. Mas eles podem propor um adiamento mais longo, de até 12 meses, segundo um alto funcionário europeu.

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