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Rendez-vous cultural

Magia lunar domina mostra em Paris sobre os 50 anos do homem na lua

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"É um pequeno passo para o homem, um salto gigante para a humanidade". A frase, do astronauta Neil Armstrong, foi ouvida por 500 milhões de pessoas ao vivo, quando ele pisou na lua, no dia 20 de julho de 1969. Para lembrar a data histórica, o Grand Palais de Paris organiza uma exposição especial com o tema: “A Lua, da Viagem Real às Viagens Imaginárias”.

Marc Chagall (Liozna, 1887 – Saint-Paul-de-Vence 1985) Le Paysage bleu 1949
Marc Chagall (Liozna, 1887 – Saint-Paul-de-Vence 1985) Le Paysage bleu 1949 @Wuppertal, Von Der Heydt Museum
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A curadoria é dos historiadores da arte Alexia Fabre e Philippe Malgouyres. A mostra é um convite para um passeio lúdico a partir de um fato tão concreto.

“Fomos procurar na história da arte de ontem e de hoje obras que falassem, através do olhar do artista, da relação entre humanidade e lua”, conta a curadora Alexia Fabre. “O ponto de partida foi o aniversário da chegada do homem à lua, quase um milagre. Foi também um evento altamente político, de embate político e espacial, no contexto da Guerra Fria, um capítulo da briga entre Estados Unidos e União Soviética. Os americanos ganharam essa primeira rodada”, relata.

Francesca da Rimini- William Dyce (Aberdeen 1806-Londres, 1864)
Francesca da Rimini- William Dyce (Aberdeen 1806-Londres, 1864) @Edimbourg, National Galleries of Scotland

O percurso da exposição sobre a Lua se divide em vários eixos. “A primeira parte trata dessa viagem real, os desafios e consequências, através do olhar de artistas. As obras falam de uma vertigem, da vontade de ultrapassar os próprios limites”, explica a curadora. “Também quisemos falar sobre os desafios políticos. Por exemplo, dessa parte da humanidade que foi excluída da conquista espacial, as mulheres por exemplo, que não se contentam em ficar apenas com a Terra, ou os africanos”, acrescenta.

Face humana da lua

Outra parte da exposição se volta para o estudo da lua a partir da Terra, com uma réplica da luneta de Galileu, calendários orientais, gravuras, desenhos e fotografias. “Também quisemos dar uma face humana à Lua, que é uma superfície branca, na qual a humanidade se reflete, se questiona e escreve sua própria história”, diz a curadora.

Abraham Janssens (Anvers, 1575 - Anvers, 1632), Inconstância (detalhe), por volta de 1617, óleo sobre tela, H. 106.5; L 82 cm, Copenhaga, Statens
Abraham Janssens (Anvers, 1575 - Anvers, 1632), Inconstância (detalhe), por volta de 1617, óleo sobre tela, H. 106.5; L 82 cm, Copenhaga, Statens Museum of Kunst © SMK Photo / Jakob Skou-Hansen

A exposição propõe obras de todas as fases, começando pelo capacete – uma espécie de aquário - de Michael Collins, piloto do Apolo 11 que levou Neil Armstrong e Buzz Aldrin, os dois homens que pisaram na lua. Há também objetos que fizeram parte dessa epopeia, como luvas, relógios e câmera.

Da antiguidade e dos manuscritos orientais, a viagem segue por obras literárias, pinturas clássicas e contemporâneas. Entre os artistas expostos no Grand Palais que se inspiraram na lua estão o belga Abraham Janssens, do século 17, Miró, Man Ray, Chagall, Salvador Dali, Rodin, e até Hergé, o criador de Tintim, herói de desenho animado.

“Lua, da Viagem Real às Viagens Imaginárias” fica em cartaz no Grand Palais, em Paris, até 22 de julho em 2019.

Antonio Canova (Possagno, 1757 – Venise, 1822) Endymion endormi 1819
Antonio Canova (Possagno, 1757 – Venise, 1822) Endymion endormi 1819 @Possagno, Fondazione Canova Onlus, Gypsotheca e Museo A Canova

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