Autor de massacre no Museu Judaico de Bruxelas é condenado à prisão perpétua
Classificado de "psicopata", o francês Mehdi Nemmouche, autor do ataque ao Museu Judaico de Bruxelas, em 2014, foi condenado na madrugada desta terça-feira (12) pela justiça Belga à prisão perpétua. Ele foi considerado culpado pela morte de quatro pessoas.
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"Covarde, perigoso e sem a menor compaixão", considerou o júri popular. A tese da defesa, de que o jihadista de 33 anos teria caído em uma armadilha de supostos agentes libaneses ou iranianos, foi rejeitada. Para estipular a pena, o tribunal de Bruxelas levou em conta a "absoluta falta de arrependimento com as vítimas" de Nemmouche, assim como o caráter antissemita do ataque.
Além da prisão perpétua a Nemmouche, seu cúmplice no massacre, o francês Nacer Bendrer, de 30 anos, recebeu uma pena de 15 anos de prisão. Ele foi considerado culpado por ter facilitado a aquisição das armas com as quais o jihadista europeu realizou o múltilplo homicídio.
No massacre, realizado em 24 de maio de 2014, Nemmouche abateu a tiros os israelenses Emmanuel e Miriam Riva, de 53 e 54 anos, respectivamente, além de um jovem belga de 26 anos e uma voluntária francesa de 66 anos. O ataque no Museu Judaico de Bruxelas foi o primeiro realizado na Europa por um combatente jihadista europeu de volta da Síria.
"A vida continua"
Nemmouche escutou o anúncio de sua pena sem nenhuma reação. O jihadista, que sempre negou a autoria do ataque, declarou ter sido vítima de uma "armadilha". Na segunda-feira (11), o acusado se recusou a responder às perguntas do tribunal, limitando-se a declarar: "a vida continua".
A decisão do tribunal de Bruxelas foi considerada "justa e proporcional" para o advogado do casal Riva, David Ramet. Já o advogado de Nemmouche, Sébastien Courtoy, considerou "previsível" a prisão perpétua a seu cliente.
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