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Barcelona/telefonia celular

Telas dobráveis roubam a cena no Mobile World Congress em Barcelona

Os fabricantes de smartphones revelam seus novos lançamentos a partir desta segunda-feira (25) no evento Mobile World Congress, o maior do setor da telefonia celular, que vai até o dia 28 de fevereiro.

O Samsung Galaxy Fold, celular dobrável da Samsung
O Samsung Galaxy Fold, celular dobrável da Samsung REUTERS/Stephen Nellis
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Os celulares com telas dobráveis são uma aposta arriscada dos fabricantes: a tecnologia precisa evoluir e os preços ainda são muito altos. A primeira empresa a apostar no produto foi a sul-coreana Samsung, que apresentou na quarta-feira (20), em São Francisco, o Galaxy Fold, um celular que se transforma em um pequeno tablet e chega ao mercado no fim de abril. Seu principal concorrente, o chinês Huawei, também lançou um produto similar, que estará em poucos meses nas prateleiras. A diferença básica entre os dois é que a tela de um dobra para dentro e a do outro, para fora.

O preço dos dois celulares ainda é elevado. O Galaxy Fold custa € 1.745 (cerca R$ 7.394) e o Mate X, da Huawei, € 2.299 (R$ 9.739). Outros fabricantes, como o chinês Xiaomi ou o sul-coreano LG também estão desenvolvendo smartphones parecidos.

A tecnologia das telas dobráveis, ainda que considerada rudimentar, representa uma ruptura no design proposto pelo pioneiro IPhone, da Apple, lançado em 2007, com apenas uma tela tátil dentro de um retângulo preto. Os novos celulares têm outras vantagens: são menores e poderão ser usados de várias maneiras, concentrando vários suportes em apenas um dispositivo. Além disso, são compatíveis com a rede 5G.

Tela dobrável resiste a 100 mil movimentos

Os fabricantes esperam que a novidade aqueça o mercado dos celulares, que registrou queda em 2018, pelo segundo ano consecutivo. Mas a expectativa, segundo a empresa CCS Insight, especializada em estudos sobre o setor, é que os smartphones dobráveis atraiam, em um primeiro momento, apenas um público especializado em novas tecnologias. Além disso, é preciso melhorar a resistência dos produtos, avalia.

A dobra da tela, por exemplo, é frágil e pode quebrar facilmente. As empresas Samsung e Huawei afirmam que o celular pode resistir a 100 mil movimentos. Os aplicativos também deverão se adaptar ao usuário, que em princípio deverá poder usá-los da mesma maneira com a tela dobrada ou desdobrada. De acordo com previsões do instituto de pesquisa Strategy Analytics, 1,2 milhões de aparelhos do gênero podem ser vendidos neste ano. O mercado tem potencial para atingir 64,9 milhões de unidades em 2023 -3,5% do mercado global do smartphone.

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