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Liberdade de Imprensa

Relatório alerta para aumento de ataques contra jornalistas na Europa

Um relatório elaborado por doze organizações parceiras do Conselho da Europa, entre elas a Repórteres Sem Fronteiras (RSF), chama a atenção para as ameaças visando os jornalistas no bloco europeu. Segundo o estudo, as violações de liberdade de imprensa têm aumentado na região, alcançando índices que não eram registrados “desde o final da Guerra fria”.

O secretário-geral do Conselho da Europa, Thorbjørn Jagland, alertou para aumento da violência visando jornalistas.
O secretário-geral do Conselho da Europa, Thorbjørn Jagland, alertou para aumento da violência visando jornalistas. http://www.coe.int/fr/
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De acordo com o relatório, 140 “violações sérias” da liberdade de imprensa foram registradas em 2018 em 32 dos 47 estados-membros do Conselho da Europa. Entre esses casos, “pelo menos dois jornalistas foram assassinados em razão de seu trabalho”, aponta o estudo, em alusão ao eslovaco Jan Kuciak, morto em sua residência, e o saudita Jamal Khashoggi, assassinado no consulado de seu país na Turquia, país que faz parte do Conselho da Europa.

Também são citados casos de investigações abandonadas, que levantam suspeitas sobre a vontade das autoridades locais em encontrar os culpados. Foram lembrados o jornalista russo Maksim Borodin, morto em abril após ter caído do terraço de seu prédio em condições até hoje não esclarecidas, e a apresentadora de televisão búlgara Viktoria Marinova, estuprada e assassinada em seu país em outubro.

“A liberdade de expressão é crucial para a realização de todos os demais direitos humanos e merece a maior atenção dos Estados membros”, declarou nesta terça-feira (12) o secretário-geral do Conselho da Europa, Thorbjørn Jagland. Segundo ele, “ações políticas fortes são necessárias para melhorar as condições da liberdade da imprensa”.

“O clima de impunidade começou a se instaurar em uma parte da Europa”, alertam as organizações autoras do relatório. O estudo aponta claramente a situação na Rússia, Ucrânia e Turquia, mas também na região dos Bálcãs e no Azerbaijão.

O relatório ressalta ainda que 130 jornalistas estavam detidos no final de 2018 nos países do grupo. Entre eles, 110 permaneciam presos apenas na Turquia. O país registra um recorde mundial de detenção de profissionais da imprensa, principalmente após a tentativa de golpe de Estado frustrada de 2016, que foi seguida de uma onda de prisões.

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