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Venezuela

Parlamento Europeu reconhece Guaidó como presidente legítimo da Venezuela

Seguindo os passos dos Estados Unidos e de outros países ocidentais, o Parlamento Europeu reconheceu nesta quinta-feira (31) Juan Guaidó como presidente da Venezuela. A Eurocâmara se torna assim a primeira instituição a reconhecer oficialmente o opositor, aumentando a pressão sobre os membros do bloco para que façam o mesmo.

Parlamento Europeu se tornou a primeira instituição a reconhecer oficialmente o opositor venezuelano como presidente interino legítimo
Parlamento Europeu se tornou a primeira instituição a reconhecer oficialmente o opositor venezuelano como presidente interino legítimo FREDERICK FLORIN / AFP
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Por meio de uma resolução aprovada por 439 votos a favor, 104 contra e 88 abstenções, o Parlamento Europeu anunciou que "reconhece Juan Guaidó como presidente interino legítimo da República Bolivariana da Venezuela, em conformidade com a Constituição venezuelana". No texto, a instituição apela todos os países da União Europeia a fazer o mesmo, adotando "uma posição firme e unificada".

Paralelamente, a União Europeia, por meio de sua chefe da diplomacia, Federica Mogherini, exigiu a libertação de todos os jornalistas presos sem razão por Caracas. Ela faz alusão aos dois repórteres de uma televisão francesa e a três membros da agência espanhola EFE – um repórter espanhol, uma cinegrafista colombiana e um fotógrafo colombiano – detidos quando estavam cobrindo a crise venezuelana. Dois jornalistas chilenos também foram presos, antes de serem deportados. Mogherini preside nesta quinta uma reunião em Bucareste dos chanceleres do bloco, na qual será tratada a situação da Venezuela.

Apoio da comunidade internacional

Praticamente desconhecido fora do país até o ano passado, Juan Guaidó proclamou-se presidente interino, alegando que a oposição considera o segundo mandato de Nicolás Maduro, iniciado em 10 de janeiro, ilegítimo por causa de eleições fraudulentas. Seis países (Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Holanda, Portugal) deram ao presidente Maduro até domingo para convocar novas eleições, caso contrário, reconhecerão seu adversário. Até agora, o chefe de Estado tem ignorado as ameaças.

O primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, reafirmou nesta quinta-feira que Paris “reconhecerá” Guaidó como “presidente interino” se um novo pleito não for realizado. O chefe do governo disse que esse reconhecimento será feito “em plena coordenação com os parceiros europeus, com a Alemanha, a Espanha e o Reino Unido”. Martelando que a reeleição de Maduro não respondeu às condições básicas da democracia, o premiê disse ainda que “é responsabilidade da França e da União Europeia garantir o respeito da vontade do povo venezuelano”.

(Com informações da AFP)

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