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Linha Direta

Em Davos, a expectativa é de sinergia entre Bolsonaro e Guedes

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A cidade de Davos, na Suíça, sedia nesta semana um dos eventos mais badalados da economia internacional. O Fórum Econômico Mundial reunirá este ano mais de 3.000 participantes, entre chefes de Estado, executivos, economistas, pensadores e sociedade civil. A expectativa neste ano é em torno da participação do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.

Bolsonaro será estrela de um Fórum de Davos sem grandes líderes
Bolsonaro será estrela de um Fórum de Davos sem grandes líderes Benedikt von Loebell
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Vivian Oswald, enviada especial a Davos, na Suíça

Esta será a estreia de Jair Bolsonaro diante da comunidade internacional e a primeira viagem ao exterior do presidente brasileiro, que tomou posse há menos de um mês. Ele terá reunião privada com o fundador do fórum, Klaus Schwab e fará o esperado discurso de apresentação do Brasil na Sessão Plenária do Fórum. No final da tarde participa da reunião do Conselho Internacional de Negócios.

A expectativa em Davos é que Bolsonaro apresente um Brasil pronto para implementar reformas, como a da Previdência. Em princípio, dizem especialistas, a boa vontade dos mercados vai depender da capacidade do Brasil de solucionar a sua questão fiscal e alto endividamento, e a reforma da Previdência é essencial. Investidores e empresários querem ver um discurso do presidente que seja afinado com o do seu ministro da Economia, Paulo Guedes, que é bem visto pelo mercado por suas ideias liberais.

Economia global

O tema do fórum este ano é "Globalização 4.0: Delineando um Modelo para a Arquitetura Global na Era da Quarta Revolução Industrial”. A ideia é tentar entender como o avanço das novas tecnologias vai afetar a economia do Planeta, o mercado de trabalho e a vida do cidadão comum. Será uma semana de muito debate entre grandes nomes e 350 sessões.

Os participantes vão discutir os riscos para o crescimento da economia global como um todo. O Fórum espera que o mundo cresça 3,6% este ano e 3% em 2020. Existe uma dúvida sobre os estragos que as disputas econômicas e políticas possam provocar. China e Estados Unidos são o maior exemplo disso. Podem levar o mundo a uma recessão. Nove entre 10 dos mil especialistas ouvidos pelo Fórum apostam em mais confrontação econômica e política entre as grandes economias esse ano.

Para os investidores, é um cenário que inspira cautela. Por essa razão, o fórum vai defender mais cooperação entre os países, que estão perdendo forças para enfrentar crises globais, como a de 2008. O relatório Riscos, que será apresentado ao fórum hoje, e já foi divulgado semana passada, aponta uma "maior tendência ao nacionalismo” como responsável pelo “enfraquecimento de respostas coletivas aos desafios globais”. O maior deles, na avaliação dos entrevistados pelo Fórum, é a mudança climática.

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