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Theresa May adia voto do Parlamento britânico sobre o Brexit

A primeira-ministra britânica Theresa May anunciou nesta segunda-feira (10) o adiamento do voto sobre o acordo final do Brexit, previsto para terça-feira (11). O motivo apontado foram as profundas divisões dos parlamentares, que ameaçavam rejeitar o projeto de saída da União Europeia.

Theresa May anunciou que vai adiar o voto previsto para terça-feira (11)
Theresa May anunciou que vai adiar o voto previsto para terça-feira (11) REUTERS/Phil Noble
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Negociado com os países do bloco durante 17 meses, o acordo deveria ser votado pelo Parlamento britânico, mas sofreu adiamento tendo em vista a forte probabilidade de rejeição. May também disse que vai dialogar, mais uma vez, com os dirigentes europeus para tentar conseguir mais garantias, sobretudo uma revisão da cláusula sobre a fronteira irlandesa, que tenta evitar o restabelecimento de um muro entre a República da Irlanda e a Irlanda do Norte.

Entretanto, a Comissão Europeia já declarou que não renegociará o “divórcio”. A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, disse que o adiamento era um “patético ato de covardia” de um governo que “afunda no caos”.

“Reino Unido não tem mais governo que funciona”

Nigel Dodds, deputado da Irlanda do Norte (DUP), fez um apelo para que Theresa May mude de atitude com Bruxelas e se mostre mais “dura” quanto às negociações. O adiamento é prova de uma “bagunça”, segundo ele.

O primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, disse que “não haverá renegociação sobre o acordo do Brexit”. “É impossível rediscutir o menor aspecto sem colocar em questão todo o resto. Podemos esclarecer o conteúdo do acordo, mas não vamos contradizer o que já está no texto”, declarou.

Já o líder britânico do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, declarou que o Reino Unido não tem mais um “governo que funciona”. “O governo concluiu que o acordo do Brexit de Theresa May era tão desastroso que decidiu, no último minuto, adiar seu próprio voto”, afirmou.

Ainda nesta segunda-feira, a Corte de Justiça da União Europeia declarou que o Reino Unido pode, unilateralmente, desistir de sair do bloco, enquanto o “divórcio” ainda não for concluído.

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