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Imigração

ONG Médicos Sem Fronteiras pede que países cedam bandeira ao navio Aquarius

A organização Médicos sem Fronteiras (MSF) lançou nesta quinta-feira (27) um apelo aos governos do mundo todo para que o navio humanitário Aquarius obtenha uma bandeira marítima após a decisão do Panamá de retirar seu registro. “Pedimos a todos os Estados, não somente europeus, mas àqueles que se importam com a vida humana, que nos deem uma bandeira”, disse Claudia Lodesani, presidente do MSF Itália, durante uma entrevista coletiva em Roma.

Migrantes socorridos pelo navio de resgate Aquarius. Foto enviada pela ONG "SOS Mediterranee" em 25/09/18.
Migrantes socorridos pelo navio de resgate Aquarius. Foto enviada pela ONG "SOS Mediterranee" em 25/09/18. Maud VEITH / SOS MEDITERRANEE / AFP
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“Queremos continuar a trabalhar no mar Mediterrâneo, as águas mais perigosas do mundo, de forma transparente e respeitando a lei, como temos feito até agora”, disse. O Aquarius é o único navio humanitário presente na região para salvar os estrangeiros que migram por via marítima e recebe apoio de duas ONGs: o MSF e o SOS Mediterrâneo.

O Panamá anunciou no sábado (22) que retiraria a bandeira do navio, que já tinha perdido seu registro junto a Gibraltar, por “não respeitar” os “processos jurídicos internacionais” em relação ao salvamento de migrantes no mar. O Aquarius se encontra atualmente na costa de Malta com 58 estrangeiros a bordo, à espera de outro navio para fazer o transporte dos refugiados. Os migrantes devem ser distribuídos entre Alemanha, Portugal, França e Espanha.

Parlamentares suíços querem que seu país ofereça ajuda

Três parlamentares suíços (um socialista, um liberal-radical e um do centro) pediram que o seu país ceda uma bandeira ao Aquários após a decisão do Panamá de privá-lo de um registro.

“A Suíça tem uma longa tradição humanitária. Nosso país é sede de diversas organizações internacionais e não-governamentais cujo único objetivo é melhorar o destino dos refugiados e proteger os migrantes”, diz o texto dos políticos.

“Não podemos permanecer insensíveis à situação de todos os migrantes que estão em perigo. Isso diz respeito a nós como seres humanos desse planeta”, declarou Guillaume Barazzone, do partido Democrata-Cristão, na quarta-feira (26).

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