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Rússia

Protestos contra reforma da aposentadoria reúnem milhares na Rússia

Milhares de pessoas se manifestaram nas ruas da Rússia neste domingo (2) em protesto contra a reforma do sistema de aposentadoria no país. O movimento de contestação se intensifica, apesar das promessas de alteração do polêmico texto, feitas pelo presidente Vladimir Putin.

As ruas de Moscou foram tomadas por milhares de manifestantes contrários à reforma do sistema de aposentadoria.
As ruas de Moscou foram tomadas por milhares de manifestantes contrários à reforma do sistema de aposentadoria. REUTERS/Sergei Karpukhin
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Etienne Bouche, correspondente da RFI em Moscou

Manifestações foram registradas em cerca de 20 cidades do país, convocadas por diferentes grupos políticos. Dois protestos foram realizados na capital Moscou, o principal deles organizado pelo Partido Comunista. Segundo as autoridades, cerca 7500 pessoas saíram às ruas na capital. Passeatas também foram realizadas em São Petersburgo, Samara, Ekaterimburgo e Novossibirk, entre outras.

Os russos protestam contra o projeto, anunciado poucas horas antes do início da Copa do Mundo, que pretende aumentar progressivamente a idade de aposentadoria no país. Atualmente, as mulheres se aposentam aos 55 anos e os homens aos 60 anos. Com a reforma, a primeira em 90 anos no país, as russas poderiam parar de trabalhar apenas aos 63 e os russos aos 65 anos.

A mobilização popular se intensificou após o final da Copa do Mundo. No final de julho, 100 mil pessoas saíram às ruas em Moscou segundo os organizadores (a polícia fala de 10 mil manifestantes).

Diante da contestação, o presidente russo Vladimir Putin atenuou seu discurso. Esta semana o chefe de estado anunciou que, no caso das mulheres, a idade da aposentadoria passaria dos 63 anos, previstos no projeto inicial, para 60 anos. No entanto, o chefe de Kremlin martelou que a reforma é necessária e será implementada.

A segunda leitura do texto é prevista para 24 de setembro. Mas até lá a população se mobiliza. O opositor Alexei Navalny, condenado no início da semana a 30 dias de prisão (e que foi excluído da corrida presidencial de março), convocou os russos a se manifestarem novamente no próximo domingo (9).

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