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Alemanha

Alemanha: manifestantes pró e contra imigrantes protestam novamente em Chemnitz

Milhares de manifestantes foram às ruas neste sábado (1°) em Chemnitz, no leste da Alemanha. Em duas passeatas diferentes, uma em repúdio e a outra em apoio à política migratória do governo de Angela Merkel, os cortejos desfilaram uma semana após violentos confrontos na cidade, desencadeados pela morte de um jovem alemão que teria sido esfaqueado por imigrantes.

Os manifestantes de extrema-direita eram os mais numerosos na manifestação deste domingo em Chemnitz
Os manifestantes de extrema-direita eram os mais numerosos na manifestação deste domingo em Chemnitz REUTERS/Hannibal Hanschke
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No final do dia, cerca de 6 mil próximos do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) e do grupo anti-muçulmanos Pegida, marchavam pelas ruas da cidade com bandeiras da Alemanha, entoando a hino nacional e slogans do tipo “Fora Merkel”. O cortejo chegou a ser bloqueado pelas forças de ordem após dezenas de militantes antifascistas terem tentado integrar a passeata.

A polícia prendeu algumas pessoas mas, apesar da tensão, nenhum incidente mais grave foi registrado durante o protesto. Já na hora da dispersão, confrontos deixaram pelo menos 18 feridos. 

Um pouco mais cedo, várias associações e partidos políticos progressistas marcharam sob o lema "mais coração e menos ódio". Organizada por grupos de esquerda, o protesto, que contou com cerca de 3.500 pessoas, segundo a polícia, reuniu moradores que acusam a AfD e o Peguida de tentar instrumentalizar a morte de um alemão de 35 anos, esfaqueado por um suposto imigrante.

"Nós não vamos deixar extremistas de direita destruir o nosso país e nossa democracia. Nem em Chemnitz, nem na Saxônia, ou em qualquer outro lugar na Alemanha. A nossa Constituição deve prevalecer. Devemos defendê-la. Agora!", declarou um dos líderes dos Verdes, Cem Özdemir, em um tuite acompanhado por uma foto dele com vários manifestantes.

O governo, por meio do ministro das Relações Exteriores Heiko Maas, expressou apoio a esta mobilização. "A Segunda Guerra Mundial começou 79 anos atrás. A Alemanha causou sofrimento inimaginável na Europa. Embora haja pessoas que desfilam novamente nas ruas fazendo a saudação nazista, o nosso passado histórico nos obriga a defender resolutamente a democracia".

Mais de 1200 policiais foram mobilizados para evitar cenas de violência. O objetivo principal era evitar que os dois cortejos se encontrassem. Há uma semana, esta cidade da Saxônia tem sido palco de várias manifestações e tornou-se o epicentro da mobilização contra os requerentes de asilo na Alemanha.

(Com informações da AFP)

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