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Terrorismo

Polícia da Alemanha revela ter evitado atentado biológico com ricina

O comandante da polícia judiciária da Alemanha, Holger Munch, revelou nesta quarta-feira (20) que o país impediu um atentado biológico. As autoridades disseram que um tunisiano, morador da cidade de Colônia, estava preparando uma "bomba biológica" usando ricina, um veneno muito poderoso. O caso foi considerado como algo sem precedentes na Alemanha.

Sementes de "Ricinus communis" contendo ricina em concentração de 1% a 10%.
Sementes de "Ricinus communis" contendo ricina em concentração de 1% a 10%. Wikipedia
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O homem de 29 anos, conhecido como Seif Allah H., preso na semana passada, estava "há alguns meses" sob vigilância das autoridades. Os investigadores afirmam ter recolhido indícios de ligação do tunisiano com a organização terrorista Estado Islâmico (EI). "As buscas mostraram que o suspeito já havia produzido ricina", o mais perigoso veneno de origem vegetal conhecido até hoje, explicou o comandante da polícia. A substância, uma proteína tóxica, é considerada 6.000 vezes mais poderosa que o cianeto. Quando ingerida, inalada ou injetada, a ricina é mortal e não existe antídoto contra ela.

Esta é a primeira vez que as autoridades alemãs deixam claro que um ataque a bomba à base de ricina estava sendo preparado neste caso. Na semana passada, quando o tunisiano foi detido pelas forças de elite da polícia, a Justiça evocou suspeitas, sem fornecer esclarecimentos.

"Encontramos muitas sementes de ricina para produzir o veneno", afirmou Munch, "bem como vários outros utensílios necessários para fazer um explosivo". Segundo o promotor alemão antiterrorista, foram apreendidas 1.000 sementes no total. Ainda falta determinar o objetivo do projeto de ataque, bem como eventuais cúmplices do suspeito.

Imprensa diz que CIA alertou autoridades alemãs

O comandante da polícia nacional disse que a prisão foi permitida graças à colaboração de "serviços de segurança nacionais e internacionais". Segundo a imprensa alemã, foi a CIA norte-americana que alertou pela primeira vez a polícia alemã, depois de detectar compras pela internet das substâncias que seriam utilizadas na fabricação da bomba biológica.

Em maio, as autoridades francesas também anunciaram ter evitado um atentado em Paris com explosivos ou à base de ricina. Um egípcio de 20 anos está preso em conexão com este caso.

A Alemanha está em alerta devido a vários ataques jihadistas ocorridos ou planejados no país nos últimos anos. O mais grave deles, registrado em dezembro de 2016, foi cometido por um tunisiano de 23 anos, Anis Amri, que atropelou com um caminhão os frequentadores do mercado de Natal em Berlim. O ataque, que matou 12 pessoas, foi reivindicado pelo grupo do Estado Islâmico (EI).

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