Naufrágios voltam a causar ao menos 44 mortes de migrantes no Mediterrâneo
Duas tragédias engrossaram, neste domingo (3), as estatísticas de naufrágios fatais de migrantes que tentam chegar à Europa a bordo de embarcações precárias. Pelo menos 44 pessoas perderam a vida em acidentes distintos, na costa da Tunísia e da Turquia.
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As autoridades tunisianas informaram que foram achados 35 corpos e que 68 migrantes sobreviveram ao naufrágio de sua embarcação diante do litoral sul do país. Na madrugada deste domingo, um barco que transportava migrantes começou a afundar diante do litoral da província de Sfax, indicou o ministério do Interior.
Em outro acidente, nove migrantes morreram, dos quais seis crianças e uma mulher, e um permanece desaparecido neste domingo no Mar Mediterrâneo, depois que o barco no qual eles tentavam chegar à Europa naufragou na costa da Turquia. A embarcação precária levava 15 pessoas e enfrentou dificuldades na altura da província turca de Antalya. Cinco migrantes puderam ser resgatados com vida. A nacionalidade dos passageiros ainda não foi divulgada.
As duas tragédias acontecem em um período de retorno do calor e tempo bom no hemisfério norte, às vésperas do verão. Nesta época, as viagens promovidas por traficantes de pessoas da África para ao continente europeu se acentuam, devido às melhores condições meteorológicas.
Acordo reduziu número de casos, mas travessias voltaram a aumentar
Os observadores da questão notam que, apesar de um forte recuo das travessias desde 2016, quando foi firmado um acordo de controle da imigração ilegal entre a União Europeia e a Turquia, o número de casos voltou a subir nos últimos meses. A Organização Internacional das Migrações afirma que, nos cinco primeiros meses do ano, 10.948 pessoas conseguiram chegar até a Grécia, o primeiro destino da maioria dos migrantes em um país da União Europeia. O número é bastante superior ao registrado no mesmo período do ano passado, nota a organização.
A maior parte dos migrantes vem da Síria, do Iraque, da Eritreia e do Afeganistão.
Com informações da AFP
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