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Armênia/Primeiro-ministro

Oposição na Armênia mantém pressão antes de parlamento escolher novo primeiro-ministro

Nos últimos dois dias, Erevan retomou o ritmo de vida normal, após mais de dez dias de protestos populares. Mas a calmaria não deve ser longa. O líder da oposição Nikol Pachinian pede novas manifestações contra o governo neste domingo (29).

O líder da oposição Nikol Pachinian durante manifestação em Erevan (26/04/2018).
O líder da oposição Nikol Pachinian durante manifestação em Erevan (26/04/2018). REUTERS/Gleb Garanich
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Anastasia Becchio, enviada especial da RFI a Erevan

O objetivo é manter a pressão antes do voto, na terça-feira (1°), sobre o parlamento, que vai eleger o novo primeiro-ministro.

Os protestos começaram contra as manobras do ex-presidente Serge Sarkissian para permanecer no poder. A Constituição do país proíbe mais de dois mandatos de um presidente. Em 2015, ele impulsionou a votação, em 2015, de uma reforma polêmica para concentrar o essencial do poder no primeiro-ministro. Na semana passada, ele foi eleito primeiro-ministro, mas acabou renunciando diante da revolta da população, que o acusa de não ter feito nada para diminuir a pobreza ou a corrupção em dois mandatos presidenciais.

Manifestantes descansam um pouco

Os ônibus fretados lotaram a praça da República. À beira das fontes, diante do museu de história da Armênia, as pessoas aproveitam o sol. A calma voltou à cidade, pelo menos por algumas horas.

Lilia descansa um pouco antes de retomar o combate. Ela não vai desistir enquanto Nikol Pachinian não for eleito primeiro-ministro.

“Todos os armênios deveriam se manifestar nas ruas”, explica. “Não há outra solução, vamos bloquear as ruas, vamos fechar a avenida Baghramyan, que é a avenida onde ficam a Assembleia Nacional e a residência presidencial. É preciso continuar as manifestações, não há outra solução”, opina.

Futuro dos filhos

Svetlana Avjyan tem o rosto cansado. Nos últimos dez dias, ela quase não viu as filhas de 6 e 8 anos. Ela deixou as meninas com a mãe, para fazer o que ela chama de “sua revolução de veludo”. Apesar da fatiga, ela nem cogita diminuir a pressão.

“É importante não recuar, não ceder, é fundamental. É uma prioridade no momento em que se decide a sorte do meu país e o futuro de nossos filhos”, afirma. Na próxima terça-feira, Svetlana vai levar as filhas para o protesto popular, na espera dos resultados da votação no parlamento.  

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