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Filha de ex-espião russo tem melhora em estado de saúde após envenenamento

O estado de saúde de Yulia Skripal, filha do ex-espião russo Sergueï Skripal, “tem melhorado rapidamente”, indicou nesta quinta-feira (29) o hospital onde ela e seu pai foram internados após sofrerem um ataque com agente químico em Salisbury, sudoeste da Inglaterra, no dia 4 de março.

Um policial de guarda em frente da casa do ex-oficial de inteligência militar russo Sergei Skripal, em Salisbury, Inglaterra, em 6 de março de 2018.
Um policial de guarda em frente da casa do ex-oficial de inteligência militar russo Sergei Skripal, em Salisbury, Inglaterra, em 6 de março de 2018. REUTERS/Toby Melville
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De acordo com o hospital de Salisbury, a condição de saúde de Yulia Skripal é estável, ao contrário de seu pai, que permanece em estado grave. As investigações apontam que Sergueï Skripal, de 66 anos, e sua filha, de 33, tiveram primeiro contato com o veneno no domicílio do ex-agente russo.

“Os especialistas determinaram que a concentração mais alta da arma química se encontrava perto da porta da casa”, indicou a polícia em um comunicado. A enquete policial pode levar meses e já envolve 250 especialistas. Cerca de 500 testemunhas foram identificadas pelos investigadores, que examinam mais de 5 mil horas de imagens de câmeras de vigilância.

Os moradores do bairro de Skripal podem procurar as forças policiais para eventuais buscas em suas casas, mas é preciso deixar claro que os riscos são extremamente baixos e que estamos apenas agindo com precaução”, declarou Dean Haydon, responsável da luta antiterrorista da polícia de Londres. 

Caos na diplomacia

Desde o ocorrido, as relações diplomáticas entre diversos países e a Rússia tem sido conflituosa. A Inglaterra foi o primeiro país a acusar a Rússia do ataque contra o ex-espião e sua filha. "A Rússia é culpada pelo atentado com uma arma química", afirmou a primeira-ministra britânica Theresa May.

A Inglaterra decidiu expulsar 23 diplomatas russos do solo britânico em retaliação, seguida por 25 países que anunciaram, desde o começo da semana, medidas similares.

Os Estados Unidos expulsaram 60 diplomatas russos, enquanto o Canadá promulgou a mesma sentença para quatro diplomatas. Na França, na Alemanha e na Polônia, o número de expulsões chegou a quatro, enquanto a Espanha, a Itália, a Holanda e a Dinamarca se contiveram a apenas duas.

Resposta russa

O chefe da diplomacia russa Sergueï Lavrov anunciou nesta quinta-feira (29) que Moscou vai expulsar 60 diplomatas americanos da Rússia, mesmo número de diplomatas russos expulsos dos Estados Unidos. O consulado geral americano em São Petersburgo será fechado.

“As medidas serão recíprocas. O número de diplomatas expulsos é equivalente e nós decidimos retirar o acordo permitindo o consulado geral dos Estados Unidos de permanecer aberto em São Petersburgo”, disse Lavrov.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia anunciou o pedido de uma reunião da Organização Para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) para discutir o envenenamento de Sergueï e Yulia Skripal.

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