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Facebook

Parlamento britânico convoca Zuckerberg para falar do caso da Cambridge Analytica

Uma comissão parlamentar britânica convocou nesta terça-feira (20) o fundador e presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, para explicar as acusações de apropriação indevida de dados pessoais de seus usuários, dizendo que as explicações oficiais do Facebook eram "enganosas".

O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, foi convocado pelo Parlamento Britânico em 20 de março de 2018.
O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, foi convocado pelo Parlamento Britânico em 20 de março de 2018. REUTERS/Stephen Lam/File Photo
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"O comitê repetidamente perguntou ao Facebook como as empresas adquirem e armazenam dados dos usuários de seu site e, especialmente, se os dados foram obtidos sem o seu consentimento. Suas respostas oficiais subestimaram consistentemente esse risco e foram enganosas ", escreve o presidente da comissão, Damian Collins, enquanto a Cambridge Analytica é acusada de adquirir dados de 50 milhões de usuários do Facebook para usar na campanha presidencial de Donald Trump.

A comissária Elizabeth Denham também pediu que o Facebook interrompa imediatamente uma auditoria da Cambridge Analytica - que trabalhou para a campanha eleitoral do presidente americano Donald Trump - para não atrapalhar o trabalho das autoridades.

"Buscamos uma ordem judicial para que, como órgão regulador, possamos entrar e inspecionar os servidores, fazer uma auditoria de dados, e o fato de o Facebook estar lá nos preocupava", disse Denham à BBC.

Segundo uma investigação realizada pelos jornais The New York Times e The Observer (edição dominical do jornal britânico The Guardian), a Cambridge Analytica teria recuperado dados de milhões de usuários de Facebook, sem seu consentimento, com os quais teria criado um programa destinado a prever e influenciar o voto dos eleitores.

O interesse nas atividades da empresa foi redobrado após a exibição no domingo de uma reportagem da Channel 4 em que os diretores ofereciam a um jornalista que se fez passar por cliente potencial desacreditar seus rivais políticos relacionando-os a prostitutas e a subornos, por exemplo.

Os diretores explicaram ainda algumas técnicas para manipular a opinião pública, como lançar calúnias contra candidatos: "coisas que não têm necessariamente que ser verdade, mas nas quais se acredita", disse o presidente da companhia, Alexander Nix, o jornalista disfarçado do Channel 4.

No ano passado, o Facebook foi condenado a pagar uma multa de € 1,2 milhão na Espanha por ter coletado informações de seus usuários sem seu consentimento, segundo a Agência Espanhola de Proteção de Dados (AEPD).

(Com informações da AFP)

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