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Alemanha

SPD aceita princípio de coalizão com Merkel, mas não garante formação de governo

O Partido Social-Democrata (SPD) alemão aprovou neste domingo (21), com uma pequena margem, o início das negociações com os conservadores de Angela Merkel para formar um governo comum. O país vive um impasse político que coloca o cargo da chanceler em risco desde a eleição legislativa de setembro passado.

Após fracassar na tentativa de formar um governo de coalizão com os verdes e os liberais, Merkel tenta conquistar o apoio dos Social-Democrata do SPD.
Após fracassar na tentativa de formar um governo de coalizão com os verdes e os liberais, Merkel tenta conquistar o apoio dos Social-Democrata do SPD. REUTERS/Axel Schmidt
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Por 362 votos a favor sobre um total de 642, os delegados do partido reunidos em Bonn aprovaram a abertura destas conversas que devem acabar com o bloqueio político que priva a Alemanha de um governo desde as legislativas. O SPD, que não teve bons resultados no pleito (20,50% dos votos), e cai nas pesquisas desde então, já havia se mostrado profundamente dividido diante da perspectiva de prorrogar a grande coalizão em fim de mandato com Merkel.

Os membros do SPD e os conservadores próximos vão começar, já no início desta semana, as negociações para um “contrato de coalizão”, uma espécie de plano para o futuro governo. Na melhor das hipóteses, esse novo governo poderá tomar posse em meados de março, seis meses após o pleito que deixou a maior potência europeia sem maioria política.

A chanceler, que está há 12 anos no poder e tenta se manter no cargo, saudou o resultado das discussões deste domingo, mas ressaltou que “muitas questões ainda devem ser resolvidas e que ainda há muito trabalho pela frente”.

Situação ainda não está resolvida

A aprovação desse contrato de coalizão não significa o fim da crise política alemã. O resultado das negociações que começam nesta segunda-feira (22) ainda terá que ser submetido ao voto dos 440 mil militantes socialdemocratas.

Mesmo assim, o resultado deste domingo já pode ser visto como uma vitória para a chanceler, que havia fracassado, logo após as legislativas, na tentativa de formar um governo de coalizão com os verdes e os liberais.

Os líderes europeus também respiram aliviados com o início de um acordo. A possibilidade de uma eleição antecipada – em caso de rejeição da coalizão – representaria não apenas um novo período de incerteza na locomotiva do bloco, como também poderia bloquear negociações importantes com os vizinhos sobre temas delicados, como o orçamento e crise migratória.

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