Líder catalão Puigdemont se entrega e é detido em Bruxelas
Alvo de um mandado europeu de prisão, o presidente catalão destituído, Carles Puigdemont, e quatro de seus ex-ministros se entregaram para a polícia da Bélgica na manhã deste domingo (5). O anúncio foi feito pelo Ministério Público belga.
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Os líderes separatistas estão em Bruxelas desde a segunda-feira passada (30), depois da declaração de independência pelo Parlamento catalão, em 27 de outubro, e resposta de Madri, que retirou provisoriamente a autonomia da região. Eles são acusados pela Justiça espanhola de "sedição, rebelião, desvio de recursos públicos e desobediência à autoridade".
"Um juiz de instrução tomará o depoimento das cinco pessoas durante a tarde", afirmou o porta-voz da Procuradoria Federal, Gilles Dejemeppe. "Apenas o advogado, o intérprete e a pessoa envolvida estarão presentes", explicou.
O juiz de instrução vai decidir, nas próximas 24 horas, se eles permanecerão presos ou se poderão ser soltos sob condições ou pagamento de fiança. Os cinco aguardarão em detenção a resposta da justiça.
"Estávamos em contato regular com os advogados das cinco pessoas e agendamos um encontro na delegacia da Polícia Federal", disse Dejemeppe.
Separatistas vencedores, mas talvez sem maioria parlamentar
Pesquisas de opinião publicadas neste domingo indicaram que o partido independentista catalão ERC deve ser o vencedor das eleições regionais de dezembro, convocadas pelo governo central espanhol. No entanto, os movimentos separatistas como um todo devem perder votos e podem ficar sem a maioria absoluta do Parlamento.
As sondagens afirmam que o independentismo receberia entre 43 e 46% dos votos. O resultado daria entre 65 e 69 deputados - e a maioria parlamentar se compõe de 68 assentos.
Com informações da AFP
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