Juíza espanhola emite ordem de captura europeia contra Puigdemont
Uma juíza espanhola emitiu nesta sexta-feira (3) uma ordem europeia de busca e captura contra o presidente destituído catalão Carles Puigdemont e quatro de seus ministros, investigados por rebelião e sedição por seu papel na declaração de independência na Catalunha, informou a Assembleia Nacional.
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A ordem para capturar e prender Puigdemont e seus colaboradores está dirigida às autoridades judiciais belgas, onde "aparentemente estão os cinco investigados" que não se apresentaram perante a Justiça espanhola, informou o alto tribunal em Madri.
Antes disso, Carles Puigdemont disse nesta sexta-feira, de Bruxelas, que está disposto a se candidatar nas eleições de 21 de dezembro, na Espanha, mesmo que tenha de fazer campanha do exterior - revelou ele em entrevista à emissora belga RTBF.
"Estou disposto a ser candidato", declarou à RTBF, em uma entrevista gravada em francês, na qual acrescentou: "quero ser um mensageiro para nossos concidadãos".
Na mesma entrevista, Puigdemont denunciou "a enorme influência da política sobre o poder judicial na Espanha", em uma entrevista em francês na RTBF.
Prisões já efetuadas
Um juiz da Audiência Nacional, um tribunal especializado em casos sensíveis que se encontra em Madri,condenou e prendeu ontem o vice-presidente Oriol Junqueras e outros sete membros do governo demitido que se apresentaram em seu escritório. Eles seguem presos.
Um nono - que se demitiu antes da proclamação da "República" - foi liberado na sexta-feira, sob fiança.
O encarceramento foi unanimemente condenado pelos separatistas, que reivindicam a natureza "pacífica" de sua mobilização por anos e o referendo de autodeterminação banido a partir de 1º de outubro.
Como no dia anterior, vários milhares de manifestantes clamaram, na sexta-feira à noite em Barcelona, pela libertação de "ministros", reivindicando sua confiança no "presidente legítimo" da Catalunha.
"Estou aqui porque me oponho a ter prisioneiros políticos", disse Melanie Ortiz, de 27 anos, em meio a uma multidão cantando "Liberdade" e "Viva a República".
Bruxelas acusa recebimento
Bruxelas já acusou o recebimento da solicitação. "Será estudada e, depois, será entregue a um juiz de instrução", afirmou o porta-voz da Procuradoria Federal belga, Eric Van der Sijpt.
A juíza Carmen Lamela emitiu o mandado depois que Puigdemont e seus colaboradores não compareceram na quinta-feira para depor e após a magistrada rejeitar a possibilidade de que pudessem fazê-lo por videoconferência.
"Nenhum dos cinco solicitantes [...] explica os motivos" para depor por essa via e "sequer apontam seu domicílio na Bélgica a fim de poder arbitrar a videoconferência", explicou o texto.
(Com informações da AFP)
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