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Catalunha/independência

Manifestantes contra independência da Catalunha vão às ruas neste domingo

Os catalães que são contrários à independência da região organizam uma grande manifestação que deve ocupar as ruas de Barcelona neste domingo (29) a partir do meio-dia no horário local.   

Defensores da unidade espanhola mostram seu apoio ao governo espanhol.
Defensores da unidade espanhola mostram seu apoio ao governo espanhol. REUTERS/Yves Herman
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Depois da manifestação que reuniu dezenas de milhares de pessoas na sexta-feira (27), para celebrar a declaração de independência unilateral do presidente da região, Carles Puigdemont, o que levou à dissolução do Parlamento catalão, agora é a vez dos catalães contrários à separação da Catalunha irem às ruas neste domingo (29). O protesto mostra a profunda divisão social do país.

No dia 8 de outubro, uma semana depois do referendo, a Sociedade Civil Catalã, que organiza a manifestação de hoje, conseguiu reunir quase 1 milhão de pessoas, com o slogan "A Catalunha somos nós". "Queremos defender a democracia que custou tanto a nossos avós", diz a convocação para a passeata, publicada no Twitter.

Destituído depois da dissolução do Parlamento, nesta sexta-feira (27), pelo primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, Carles Puigdemont pediu nesta sexta-feira (27) aos partidários da independência que se oponham "democraticamente" à administração direta da região pelo poder central.Novas eleições acontecem no próximo dia 21 de dezembro.

A vice-presidente do governo espanhol, Soraya Saenz Santamaria, foi encarregada de supervisionar o processo de transição da administração regional para o governo central. Depois do anúncio da decisão, Puigdemont acusou Madri "de agressão premeditada" contra a vontade do povo catalão de constituir um estado independente.

Segundo ele, a melhor maneira de defender os ganhos obtidos nas últimas semanas é fazer uma oposição democrática ao artigo 155, que permitiu ao governo espanhol suspender a autonomia da Catalunha.

O vice-presidente do governo catalão destituído, Oriol Junqueras, escreveu hoje em uma tribuna no cotidiano El Punt-Avui que Puigdemont continuará sendo presidente do país e isso "só mudará quando os cidadãos decidirem o contrário em eleições livres". No texto, ele denuncia um golpe de estado contra a Catalunha.

Apoio ao governo espanhol

Diversos líderes internacionais prestaram apoio à decisão do governo espanhol de retomar o controle da região depois da proclamação unilateral de independência catalã.

O presidente do Conselho europeu, Donald Tusk, disse que a decisão dos líderes da região "não muda nada para a União Europeia". Segundo ele, a Espanha continua sendo o único interlocuteur do bloco. Ele disse esperar que o governo espanhol privilegie "a força dos argumentos aos argumentos da força".

A Alemanha, a França e a Grã-Bretanha também rejeitaram a separação catalã e reafirmaram seu apoio a Rajoy. Já o presidente francês Emmanuel Macron se recusou a fazer comentários sobre a "política interna" da Espanha e também declarou que seu interlocutor sempre será o primeiro-ministro Rajoy.

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