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Áustria

Extrema-direita se prepara para integrar novamente o governo na Áustria

Os austríacos vão às urnas neste domingo (15). Após uma campanha violenta, o país se prepara para um pleito que deve marcar a volta da extrema-direita no governo.

"Não queremos nos tornar uma minoria em nosso próprio país”, insistiu o líder da extrema-direita austríaca, Heinz-Christian Strache, durante seus comícios.
"Não queremos nos tornar uma minoria em nosso próprio país”, insistiu o líder da extrema-direita austríaca, Heinz-Christian Strache, durante seus comícios. REUTERS/Michael Dalder
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Mesmo se o chanceler social-democrata Christian Kern, cujo partido SPÖ governa o país há dez anos em coalizão com os conservadores, tentou até o último momento mobilizar os eleitores, tudo leva a crer que a eleição legislativa deste domingo vai marcar uma guinada da Áustria para a direita. As pesquisas apontam para a vitória do chefe do partido conservador (ÖVP), Sebastian Kurz, de 31 anos, com 30% dos votos. Ele é seguido pela legenda de extrema-direita FPÖ e pelo SPÖ, que disputam um segundo lugar, com cerca de 25% das intenções de voto cada.

O chefe do governo teme que o conservador Kurz, que se tornou ministro das Relações Exteriores da Áustria aos 27 anos, se alie com a extrema-direita anti-União Europeia e anti-imigração. “Eles trairão novamente os mais modestos, que pagarão uma conta salgada após a eleição”, declarou Kern durante comício em um bairro popular de Viena neste sábado (14).

Ao contrário da Alemanha, que viu os extremistas do AfD protagonizarem uma entrada inédita no Bundestag em setembro, essa não seria a primeira vez que a extrema-direita se une aos conservadores na Áustria. ÖVP e FPÖ já governaram o país juntos nos anos 2000.

Refugiados se tornaram argumento de campanha

A extrema-direita austríaca fez esta campanha com posições muito próximas dos conservadores. Mas o partido também tentou seduzir o eleitorado social-democrata, se apresentando como defensor das classes populares. Mas o partido já avisou que, para integrar uma possível coalizão, exige dirigir o ministério do Interior, responsável pela gestão da imigração.

O FPÖ foi fundado por ex-nazistas e por liberais. O partido concentra seu discurso nos últimos anos na crise migratória, criticando a entrada de refugiados na Áustria. “Nós não queremos a islamização da nossa pátria. Não queremos nos tornar uma minoria em nosso próprio país”, insistiu o líder da extrema-direita, Heinz-Christian Strache, durante seus comícios.

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