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Brasil-Mundo

Pintor brasileiro viaja pela Europa dividindo tela em branco com artistas locais

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O pintor e artista plástico brasileiro Robson Lemos está em Lisboa e conversou com a RFI sobre o seu mais recente projeto. Há cinco meses na Europa, ele tem passado por várias cidades, propondo dividir a tela em branco com artistas locais.

O pintor e artista plástico brasileiro, Robson Lemos
O pintor e artista plástico brasileiro, Robson Lemos Divulgação
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Luciana Quaresma, correspondente da RFI em Lisboa 

“A ideia inicial era levar para o Brasil um pouquinho da história da arte. Então eu fiz um tour por várias cidades: começou na Espanha, passou pela França, Itália, Grécia, Alemanha e agora estou aqui em Portugal, feliz em poder prestigiar o trabalho de artistas que são muito relevantes para o que acontece na arte contemporânea. Eu acho que a arte é um processo e ela deixa um pouquinho o resultado que fica na humanidade mesmo contando o que está acontecendo no mundo através da antena do artista. Eu tento na minha arte trazer um pouco de contemporaneidade nos trabalhos que ficaram por aí. Eu chamo de arte plural, a poesia plástica, que é o trabalho que eu tento fazer com artistas que estão vivos em cada cidade”, explica o artista.

Robson define este processo de criação como uma arte globalizada, de compartilhamento e troca. "Esse processo é um 'cultural exchange', ou seja, uma troca de cultura através da qual eu tento trazer para este artista a minha visão de sul-americano, brasileiro, do que eu vejo na arte e na cultura local, e receber dele um pouquinho também. Eu sinto que estou fazendo poesia com os artistas: um começa uma frase e o outro termina."

Por todas as cidades por onde passou, Robson deixou que o cotidiano o ajudasse a encontrar um tema central para a pintura que foi para a tela, sempre envolvendo o que ele chama de "inas", como a endorfina e adrenalina. “Eu usei na Itália a cafeína como tema, na França, a nicotina… Em cada cidade eu tentei usar um pouco da "ina" que é aquilo que a gente absorve todos os dias, que faz parte do nosso consumo humano, que tem a ver com o capitalismo, com a globalização. É o que eu chamo de poesia plástica. O que eu acho que vai acontecer aqui em Portugal é uma poesia que vai acontecer naturalmente. Aqui será a única cidade que eu vou ter predeterminado o tipo de 'ina' que vai ser”, explica o artista.  

Aos 54 anos, o carioca vive entre o Rio de Janeiro e Nova York e o resultado destes trabalhos na Europa poderá ser visto na próxima exposição do artista, ainda sem data definida. 

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