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EI reivindica atentado em Londres: grau “crítico” de ameaça terrorista

A explosão de uma bomba caseira em um trem do metrô de Londres deixou pelo menos 29 feridos nesta sexta-feira (15). O atentado foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico. O governo britânico decidiu elevar o grau de ameaça terrorista para “crítico”, seu nível mais alto, o que significa que um atentado é “iminente”, segundo a primeira-ministra Theresa May.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, denunciou uma atentado "odioso" nesta sexta-feira no metrô de Parsons Green em Londres, ressaltando que a bomba utilizada foi concebida para causar enormes danos.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, denunciou uma atentado "odioso" nesta sexta-feira no metrô de Parsons Green em Londres, ressaltando que a bomba utilizada foi concebida para causar enormes danos. Adrian DENNIS / AFP
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Com informações da corresponde da RFI em Londres, Maria Luísa Cavalcanti, e da agência AFP

"O atentado a bomba no metrô de Londres foi cometido pelo [grupo] Estado Islâmico", anunciou a Amaq, o órgão de propaganda do EI, em nota divulgada nas redes sociais. Londres reagiu e o governo britânico aumentou, nesta sexta-feira (15), o grau da ameaça terrorista no país para "crítico", o mais alto na escala, o que significa que um atentado é "iminente", anunciou a premiê.

"A população verá mais policiais armados nos transportes públicos e em nossas ruas, oferecendo proteção extra", declarou May. "É uma medida proporcional e sensata, que proporcionará segurança e proteção extraordinária, enquanto continua a investigação", acrescentou. A premiê informou, ainda, que soldados britânicos serão mobilizados para locais-chave.

O artefato improvisado foi parcialmente detonado por volta das 8h20 (hora local, 4h20 em Brasília), horário em que as pessoas usam o transporte público para ir ao trabalho e crianças, à escola. O metrô estava próximo da estação de Parsons Green, no sudoeste da capital.

Segundo os hospitais que atenderam as vítimas, a maioria sofreu queimaduras, mas nenhuma corre risco de morte. Entre os feridos está pelo menos um menino em idade escolar. Duas horas após a explosão, a divisão antiterrorismo da Scotland Yard, a polícia britânica, assumiu a liderança das investigações do incidente e confirmou a suspeita de que se tratava de um atentado terrorista.

Centenas de policiais e oficiais dos serviços de inteligência estão desde então mobilizados nas buscas pelos responsáveis por terem deixado no trem o artefato “improvisado”. Vídeos e fotos publicados nas redes sociais mostram um balde com fiações elétricas em chamas, dentro de uma sacola de supermercado. Nas imagens, o interior do trem não aparenta estar danificado.

Segundo a polícia, a bomba não causou maiores estragos porque foi detonada parcialmente. Acredita-se também que o artefato foi acionado à distância, depois que a pessoa que o instalou já tinha deixado o trem.

Rotina deve ser mantida por londrinos

A primeira-ministra britânica participou de uma reunião de emergência com o Comitê Cobra, que reúne as forças de segurança e inteligência do país. May desprezou os comentários feitos no Twitter pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que afirmou que a polícia britânica já conhecia os autores da explosão. A primeira-ministra disse que “esse tipo de especulação” não ajuda nas investigações.

Este é o quinto atentado terrorista no Reino Unido em menos de seis meses. No total, 36 pessoas morreram nos atropelamentos em massa nas pontes de Westminster, em março, e London Bridge, em junho, e na mesquita em Finsbury Park, também em junho, além do ataque à bomba em Manchester, em maio.

Os responsáveis pela explosão em uma composição na estação de Parsons Green continuam foragidos, e a expectativa para o fim de semana é de que haja grandes aglomerações em torno de eventos esportivos.

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