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Ex-enfermeiro alemão é acusado de matar 84 por overdose de medicamentos

O enfermeiro alemão Nils Högel, já condenado pela morte de dois pacientes, é suspeito agora de pelo menos 84 assassinatos na Alemanha entre 2000 e 2005, anunciaram os investigadores nesta segunda-feira (28).

O ex-enfermeiro alemão Nils Högel, já condenado pela morte de dois pacientes, é suspeito agora de pelo menos 84 assassinatos. Imagem de 9 de dezembro de 2014.
O ex-enfermeiro alemão Nils Högel, já condenado pela morte de dois pacientes, é suspeito agora de pelo menos 84 assassinatos. Imagem de 9 de dezembro de 2014. REUTERS/Fabian Bimmer/File Photo
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Em junho de 2016, os investigadores estabeleceram o envolvimento do enfermeiro em 33 mortes de pacientes em vários centros médicos nos quais Högel trabalhava. "A comissão de investigação especial estabeleceu um total de 84 possíveis assassinatos, no estado atual do processo", afirmou à imprensa o chefe de polícia de Oldenburgo (norte da Alemanha), Johann Kühme.

"Este número [de mortos] é excepcional, único, na história da República Federal da Alemanha", afirmou o chefe da comissão, Arne Schmidt.

Niels Högel teria matado a maioria dos pacientes com a administração de overdoses de medicamentos no período de recuperação. Mas os investigadores admitem que a lista de vítimas nunca poderá ser estabelecida com certeza. "Quem sabe quantos crimes poderão ser identificados?", questionou Thomas Sander, promotor de Oldenburgo.

Condenações anteriores

"O suspeito não se lembra dos casos. Porém, em mais de 30 episódios, ele se recordava de pacientes e de seus comportamentos", declarou a diretora do Ministério Público da mesma cidade, Daniela Schiereck-Bohlemann. Högel foi condenado em 26 de fevereiro de 2015 à prisão perpétua pela morte de dois doentes. Ele cumpre atualmente uma pena de sete anos e meio de prisão por tentativa de assassinato.

O ex-enfermeiro, no entanto, confessou a um psiquiatra outros 50 assassinatos, o que provocou a abertura de novas investigações em janeiro de 2014. E no fim do mesmo ano, mencionou outras 60 tentativas de assassinato. Durante o julgamento em Oldenburgo, Högel pediu perdão às famílias e justificou seus atos pelo "tédio".

O caso foi revelado em 2005, quando um colega de trabalho surpreendeu Högel no momento em que ele aplicava uma injeção não autorizada em um paciente de uma clínica de Delmenhorst.

(Com informações da AFP)

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