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Incêndio da Torre Grenfell, em Londres, começou em geladeira

O incêndio da Torre Grenfell de Londres, que deixou 79 mortos, começou na geladeira de um apartamento, anunciou nesta sexta-feira (23) a polícia britânica, que não descarta a possibilidade de apresentar acusações de homicídio no caso.

Incêndoio na Torre Grenfell, em Londres
Incêndoio na Torre Grenfell, em Londres Daniel LEAL-OLIVAS / AFP
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"Temos evidência pericial de que o fogo não começou deliberadamente", disse a comandante da polícia Fiona McCormick.

De acordo com a polícia, trata-se de uma geladeira Hotpoint FF175BP, "um modelo que nunca foi objeto de um recall" de mercado e que está sendo submetido a novos testes pelo fabricante.

Após a revelação de McCormack, o governo ordenou análises independentes do modelo.

Apesar da informação sobre a origem, a rápida propagação das chamas foi atribuída ao revestimento do edifício. McCormack disse que nem a cobertura nem o interior do revestimento "passaram nos testes de segurança".

"Estamos considerando todos os delitos criminais, de homicídio para cima", disse a chefe de polícia, sem revelar quem poderia ser eventualmente indiciado.

Mas ela explicou que as autoridades examinam o "papel de todas as empresas envolvidas na construção e reforma do edifício", além das possíveis infrações das regulamentações de segurança e de combate a incêndios.

Revestimento como isolante

O revestimento foi instalado como isolante e com o objetivo de embelezar o edifício, durante uma reforma da torre em 2016.

O governo da primeira-ministra Theresa May calcula, com base em dados das administrações locais, que a Inglaterra tem cerca de 600 edifícios com o mesmo tipo de revestimento inflamável.

McCormick explicou que todos os cadáveres foram retirados do edifício, mas expressou o temor de que o balanço supere os 79 mortos porque talvez o prédio tivesse imigrantes em situação irregular, dos quais as autoridades não tinham conhecimento.

"Me preocupa realmente que não tenhamos uma ideia completa. O Ministério do Interior nos assegurou que não interessa o status migratório dos afetados. O que nos interessa é saber com segurança quem está desaparecido e dar todos os passos para estabelecer se estão a salvo e bem", completou.

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