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Brasil-Mundo

Disco de brasileiro faz elo entre Brasil, Macau e Portugal

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Em Lisboa, o cantor e compositor brasileiro Felipe Fontenelle apresentou o seu mais novo trabalho, “M de memória”, que nos leva numa viagem ao passado.

O cantor e compositor brasileiro, Felipe Fontenelle
O cantor e compositor brasileiro, Felipe Fontenelle Divulgação
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Luciana Quaresma, correspondente da RFI em Portugal

Felipe Fontenelle vive com o pé na estrada, desenvolvendo sua carreira entre Portugal, Brasil e Macau, na China. Seu último disco, “M de memória”, é fruto de dois anos de trabalho, nos quais Fontenelle travou um diálogo entre a música e a poesia.

O disco, segundo o compositor, é uma espécie de túnel do tempo, entre memórias de infância, canções que ele ouvia nos vinis dos pais e os textos de autores que marcaram a literatura portuguesa, entre eles, Fernando Pessoa. O maior poeta da língua portuguesa contemporânea está presente em cinco faixas do disco.

“É natural que a minha influência musical seja ainda a música brasileira, a Bossa Nova, a MPB… Apesar de que, quando eu era pequeno e vivia em São Paulo, eu ouvia de tudo. De Supertramp a Pink Floyd, além daquela maravilhosa coleção de vinis da MPB com Djavan, Caetano, Chico Buarque, Tom Jobim, Simone. Acho que isso foi o que, na parte musical, tenha mais me influenciado. De qualquer modo, é óbvio que a minha vivência em Portugal, e agora em Macau, também tem influenciado a minha pessoa e a minha música”, explica Fontenelle.

“M de memória” tem como carro-chefe a faixa “Deus também sorri”, obra original de Fontenelle com letra de António Ladeira, produzida no Rio de Janeiro com a participação de velhos sambistas.

Paulistano português

Nascido em São Paulo, Felipe descobriu o gosto pela música ainda jovem quando trocou o Brasil por Portugal.

“A minha carreira começou aos 16 anos, quando comecei a me apresentar, ao vivo, em alguns espaços por Cascais e Lisboa", conta o compositor. "Depois, foi um processo natural até chegar a altura de gravar o meu primeiro disco, que saiu em Portugal e no Brasil. Mais tarde fui desenvolvendo outros projetos, como um disco de “chill out”, que gravei numa onda mais experimental, com algumas músicas que tinham feito parte do meu crescimento, nas décadas de 1980 e 1990.”

“M de Memória” é um disco cheio de surpresas e emoções. A memória de Fontenelle nos faz lembrar conversas de família, em tardes na casa da avó, como as que inspiraram a faixa “Esmeralda”.

Projetos futuros

Hoje, Felipe Fontenelle divide-se entre Portugal, Macau e Brasil, girando pelo planteta enquanto pensa em novos trabalhos.

“Tenho ideias de fazer muitas coisas… Gravar um disco infantil, fazer mais discos, continuar compondo e trabalhando com excelentes músicos, com músicos diferentes do mundo todo. Minha cabeça está sempre fervilhando de ideias e de novos caminhos. Acho que não há barreiras para a criação e para a composição. Espero somente poder ter uma vida longa, e de muita música.”

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