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Após críticas, primeira-ministra britânica recebe vítimas do incêndio de Londres

A primeira-ministra britânica, Theresa May, receberá neste sábado (17) as vítimas do incêndio da Torre Grenfell de Londres, anunciou um porta-voz do governo. A decisão foi tomada depois da premiê ter sido acusado de não reagir à altura do drama que deixou ao menos 30 mortos. Já a rainha Elizabeth II, que na sexta-feira visitou na sexta-feira (16) as vítimas do incêndio no hospital, pediu neste sábado "unidade".

A Torre Grenfell destruída pelo incêndio que deixou ao menos 30 mortos, no oeste de Londres.
A Torre Grenfell destruída pelo incêndio que deixou ao menos 30 mortos, no oeste de Londres. Reuters
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Theresa May receberá um grupo de residentes, de vítimas, de voluntários e dirigentes da comunidade local, em Downing Street, sede do governo britânico. A atitude da primeira-ministra, que foi ao local da tragédia na quinta-feira (15), mas não se reuniu com os moradores chocou. Na sexta-feira, ela voltou ao local e foi vaiada. A imagem foi comparada à da rainha Elizabeth conversando com as vítimas. "A história de duas líderes" constatou hoje o jornal Daily Mirror.

A origem do incêndio no prédio de 24 andares e 120 apartamentos, na quarta-feira (14), ainda é desconhecida. A tragédia deixou ao menos 30 vítimas fatais, mas a polícia informou neste sábado que já considera como mortos os 58 desaparecidos. Cerca de 600 pessoas moraram no local e segundo a imprensa britânica 70 moradores ainda estão desaparecidos. O serviço de saúde público informa que 19 pessoas continuam hospitalizadas, 10 delas em um estado crítico. Algumas vítimas poderão nunca ser identificadas, temem as autoridades.

Rainha Elizabeth II faz um minuto de silêncio

O dia é de festa para a rainha Elizabeth II. Neste sábado, o país celebra seus 91 anos, completado em abril. Mas em uma mensagem em um tom pouco habitual para a data, ela disse ser difícil este ano não ser afetada pelo "sombrio humor nacional". Ela pediu que os britânicos não desabem diante da "sucessão das terríveis desgraças dos últimos meses", fazendo alusão aos três atentados que atingiram o país e ao incêndio ocorrido em Londres.

"Quando é posto à prova, o Reino Unido se mostra determinado frente à adversidade", escreveu a rainha que fez nesta manhã um minuto de silêncio em homenagem às vítimas da Torre Grenfell. "Unidos em nossa dor, também o estamos, sem medo nem preferência, no apoio que damos a todos que reconstroem suas vidas", acrescentou.

Manifestações

Na sexta-feira, sobreviventes do incêndio, familiares das vítimas e integrantes da comunidade local protestaram contra a situação. Eles invadiram a sub-prefeitura dos bairros de Kensington e Chelsea, no oeste de Londres, onde está localizado o prédio, pedindo justiça. Em seguida, eles fizeram uma passeata pelas ruas do bairro. Algumas palavras de ordem pediam a renúncia da primeira-ministra Theresa May.

Os manifestantes acusam as autoridades locais de não terem ouvido as reclamações sobre a falta de segurança do prédio porque os moradores são de origem modesta. Muitos afirmam que o edifício não tinha saída de emergência, nem extintor ou alarme de incêndio. O revestimento exterior, instalado no ano passado, teria facilitado a propagação das chamas.

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