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Incêndio em Londres: pelo menos 30 mortos e 65 desaparecidos

O número de vítimas aumentou de 17 para pelo menos 30 pessoas, segundo a polícia britânica. O jornal britânico The Sun trouxe novas revelações também nesta sexta-feira (16) sobre o incêndio desta quarta (14) em Londres: 65 pessoas continuam desaparecidas.

Os bombeiros continuam as buscas por vítimas no prédio e anunciaram que o incêndio foi completamente extinto.
Os bombeiros continuam as buscas por vítimas no prédio e anunciaram que o incêndio foi completamente extinto. REUTERS/Stefan Wermuth
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A polícia britânica afirmou ainda que o fogo foi finalmente extinto nesta sexta-feira (16) e que ainda não existem indícios de que ele tenha sido provocado. O jornal The Sun publicou nesta sexta-feira fotos e nomes das 65 pessoas desaparecidas após o violento incêndio desta quarta-feira (14) no Grenfell Tower. De acordo com as autoridades, há até o momento 30 mortos. Até ontem, o balanço estava em 17 mortos.

Os bombeiros continuam as buscas por vítimas no prédio. As autoridades também indicaram que muitas das vítimas podem não ser identificadas devido ao estado em que os restos mortais foram encontrados, completamente carbonizados.

Trinta e sete pessoas continuam hospitalizadas, 17 delas em estado grave, e já não há expectativas de encontrar sobreviventes. A comandante dos bombeiros de Londres afirmou que há partes do prédio que não são seguras e que levará semanas ou até meses para que todos os andares sejam inspecionados.

Abertura de investigação

A primeira-ministra britânica, Theresa May, anunciou na quinta-feira (15) a abertura de uma investigação pública sobre o incidente. Essa investigação também examinará a responsabilidade das autoridades e dos administradores responsáveis pela manutenção do prédio, e, segundo May, servirá para assegurar que "esta terrível tragédia seja investigada apropriadamente".

O prédio do Grenfell Tower possui 24 andares, mais de 120 apartamentos e foi construído nos anos 1970 como parte de um programa público de habitação. Acredita-se que de 400 a 600 pessoas moravam no local – a maioria delas famílias de baixa renda que alugam os apartamentos por preços muito abaixo do mercado.

Por enquanto, apenas uma vítima foi identificada: Alhajali Mohammed, um refugiado sírio que viveu 23 anos no 14º andar da Grenfell Tower e estudava engenharia civil na Universidade de West London. Seu irmão mais velho, que estava com ele, sobreviveu e está hospitalizado. "Mohammed empreendeu uma viagem perigosa para escapar da guerra e da morte na Síria, antes de ser vitimado aqui no Reino Unido, em sua própria casa. Ele veio para este país buscando segurança e o país não conseguiu protegê-lo ", declarou a associação Campanha de Solidariedade com a Síria.

Onda de solidariedade após a tragédia

O desastre, que atingiu um país já de luto após vários ataques terroristas, provocou uma enorme onda de solidariedade: mais de 2,5 milhões de libras esterlinas foram coletadas para as vítimas, além de roupas e comida. O governo britânico anunciou a liberação de fundos de emergência para as vítimas da catástrofe.

"Há 23 anos que eu vivo na torre e eu nunca me senti segura", disse Soran Karimi, de 31 anos, à agência AFP. "Os alarmes de incêndio não estavam funcionando", completou ele, dizendo-se "revoltado." "Aqui vive a classe trabalhadora, pessoas de diferentes origens, às quais não se presta atenção", finalizou

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