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Terrorismo

Um dos terroristas de Londres era "simpático pai de duas crianças"

Jornais britânicos estampam nesta segunda-feira (5) a foto de um indivíduo barbudo e careca, no chão, após ter sido abatido pela polícia de Londres na fatídica noite de sábado (3), em que ao menos sete pessoas morreram atropeladas e esfaqueadas em uma frequentada região da capital britânica. De acordo com a imprensa local, o homem seria "Abdul", suposto chefe do grupo que perpetrou o atentado terrorista em London Bridge e no mercado de Borough.

"Abdul", abatido pela polícia, seria o suposto chefe do grupo que perpetrou o atentado em London Bridge e no mercado de Borough no último sábado (3).
"Abdul", abatido pela polícia, seria o suposto chefe do grupo que perpetrou o atentado em London Bridge e no mercado de Borough no último sábado (3). REUTERS/Gabriele Sciotto
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"Ele se chama Abdul ou 'Abs', como o apelidamos na sala de musculação do bairro", disse à imprensa o jovem Michael Mimbo, morador do bairro de Barking, no leste de Londres. A polícia prendeu vários suspeitos de envolvimento com o atentado no local. De acordo com Mimbo, o suposto agressor é originário do sul da Ásia.

Outro vizinho de Abdul, Salahudeen, um monitor de auto-escola de 40 anos, descreve o suspeito como “um simpático pai de família”". "Ele era casado e tinha dois filhos; um menino de três anos e uma bebê que nasceu há cerca de duas semanas", conta.

Segundo Salahudeen, Abdul se mudou para o bairro há cerca de um ano, era amável com as crianças do local e jogava futebol em um parque da região com os vizinhos.

Nos últimos tempos, Salahudeen percebeu que o homem mudou de comportamento. "Não era agressivo. Mas ele, que sempre conversava com todos, deixou até mesmo de nos cumprimentar", salienta.

Outros moradores do bairro interrogados pela polícia relataram a radicalização do homem. Ao menos duas pessoas chegaram a assinalar o comportamento extremista do suspeito aos serviços de inteligência britânicos.

Governo britânico é criticado

A situação de "Abdul" é semelhante à que ocorreu com Salman Abedi, o rapaz de 22 anos que detonou uma bomba em um ginásio de Manchester há duas semanas, matando 23 pessoas. O jovem fazia parte de uma lista de suspeitos de atividades terroristas dos serviços de inteligência britânicos.

As falhas podem custar caro para o governo britânico e mudar os rumos das eleições legislativas que o Reino Unido realizam na quinta-feira (8). Nesta segunda-feira, o líder trabalhista Jeremy Corbyn, principal opositor ao governo, pediu a renúncia da premiê Theresa May, lembrando os cortes que ela fez no efetivo da polícia de Londres quando era ministra do Interior. "Nunca deveriam ter reduzido o número de policiais", declarou.

Desde que May assumiu o cargo, três atentados foram registrados no país. Com o massacre do último sábado, o terceiro em menos de três meses, o número de vítimas fatais em ataques terroristas no Reino Unido chegou a 34 neste ano.

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