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Reino Unido

Novo atentado terrorista deixa sete mortos e 48 feridos em Londres

Um novo atentado terrorista na noite de sábado (3) deixou seis mortos e 48 feridos no centro histórico de Londres. A ação começou às 22h (19h pelo horário de Brasília), quando uma van atropelou pedestres nas calçadas da London Bridge. Depois, o veículo seguiu para Borough Market, onde três suspeitos abandonaram o veículo e esfaquearam frequentadores de bares da região, antes de serem mortos a tiros pela polícia.

Duas mulheres com capas de sobrevivência deixam a London Bridge, visada por ataques terroristas na noite de sábado (3).
Duas mulheres com capas de sobrevivência deixam a London Bridge, visada por ataques terroristas na noite de sábado (3). REUTERS/Hannah Mckay
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Os policiais "reagiram rapidamente e de forma corajosa, enfrentando os três homens suspeitos, que levaram tiros e morreram", declarou um porta-voz da polícia britânica. A morte dos suspeitos aconteceu "8 minutos depois" que a polícia recebeu o alerta do incidente, elogiou o porta-voz. Segundo a polícia, os homens estariam usando falsos cinturões de explosivos.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, logo evocou um "potencial atentado terrorista". May manifestou sua solidariedade "com os que estão no meio desses acontecimentos horríveis". Trata-se do terceiro ataque terrorista num intervalo de três meses no Reino Unido. A ação acontece a quatro dias das eleições legislativas antecipadas de 8 de junho. Os partidos britânicos suspenderam a campanha por 24h, mas a votação está mantida. 

Uma foto divulgada pela rede BBC mostrava dois dos potenciais agressores abatidos na frente de um bar. Um deles tinha um par de latas na cintura, semelhante a um cinturão de explosivos   falso, segundo a polícia.

O prefeito da capital, Sadiq Khan, condenou esses "atos bárbaros". "Vocês ainda não têm todos os detalhes, mas se trata de um ataque deliberado e covarde contra os londrinos inocentes e visitantes da nossa cidade, que aproveitavam um sábado à noite. Não há qualquer justificativa possível para esses atos bárbaros", declarou, em uma nota.

O líder da oposição trabalhista, Jeremy Corbyn, manifestou seu apoio pelo Twitter: "Meus pensamentos estão com as vítimas e com suas famílias. Obrigado aos serviços de emergência".

Reações internacionais

"Frente a esta nova tragédia", o presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que a França está "mais do que nunca ao lado do Reino Unido" e destacou que "meus pensamentos estão com as vítimas e seus entes queridos".

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que "todos estão ligados pelo terror e pelo luto, para além das fronteiras, e continuaremos a agir com determinação", referindo-se ao combate ao terrorismo. 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também se pronunciou, oferecendo ajuda ao aliado europeu. "Tudo o que os Estados Unidos puderem fazer para ajudar Londres e o Reino Unido, estaremos lá. Estamos com vocês. Que Deus os abençõe!", tuitou Trump. Em um comunicado, o Departamento de Estado americano também condenou esses "covardes ataques contra civis inocentes".

Já o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, classificou os eventos deste sábado como "terríveis".

O presidente Michel Temer manifestou a solidariedade dos brasileiros pelo Twitter. "É com grande tristeza que tomamos conhecimento de mais um atentado no Reino Unido. Reiteramos nossa condenação a todo ato de terrorismo. Voltamos nossos pensamentos para as vítimas, suas famílias e amigos. Transmito ao povo e ao governo britânicos a solidariedade de todos nós, brasileiros", disse o presidente.

Pânico na capital

Em vídeos postados nas redes sociais, vê-se a polícia entrando nos bares e nos restaurantes para ordenar às pessoas que se escondessem debaixo das mesas.

"Vim ver o que estava acontecendo e encontrei um chef que tinha sangue no ombro. Ele estava em estado de choque. Me disse que tinha sido atacado por três pessoas em seu restaurante, com facas e com facões", relatou à AFP Gerard Kavanar, de 46 anos, que mora na região.

Um terceiro incidente foi registrado em Vauxhall, bairro também localizado na capital, conforme a Scotland Yard. Vauxhall abriga a sede dos serviços de Inteligência do MI6.

Mais cedo, em sua conta no Twitter, a agência de Transportes relatou que todas as rotas para a London Bridge estavam sendo desviadas, enquanto o Serviço de Ambulâncias de Londres divulgou que "múltiplos recursos" eram enviados para esse local.

Testemunhas disseram ter visto uma van subir na calçada e atropelar pedestres. A London Bridge foi fechada nos dois sentidos. Ao longo da noite, imagens das emissoras locais mostravam viaturas de polícia bloqueando qualquer acesso à área, além de agentes armados nas ruas.

Em outras imagens, várias pessoas caminhavam com as mãos na cabeça, por determinação da polícia. As estações de metrô próximas também foram fechadas.

Em 22 de março passado, um homem lançou seu carro contra dezenas de pessoas na ponte de Westminster. Na sequência, ele matou a facadas um policial que estava em serviço na frente do Parlamento. Cinco pessoas morreram.

Mais recentemente, em 22 de maio, a Grã-Bretanha foi alvo de um ataque que deixou 22 mortos em Manchester, no final do show da cantora americana Ariana Grande. Nele, um jovem britânico de origem líbia se detonou, em um episódio reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI). No Twitter, Ariana disse estar "rezando por Londres" e acrescentou um coração.

Depois desse último ataque, a primeira-ministra Theresa May elevou ao máximo o nível de alerta terrorista, até atingir um nível "crítico", antes de rebaixá-lo novamente para "grave". May dirige uma reunião do Conselho de Segurança do governo na manhã deste domingo.

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