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Scotland Yard trabalha com hipótese de célula terrorista no ataque de Manchester

A polícia britânica deteve cinco pessoas relacionadas ao atentado de Manchester reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI) e confirmou nesta quarta-feira (24) que o autor fazia parte de uma célula.

Polícia britânica vigia perímetro do Parlamento em Londres, em 24 de maio de 2017.
Polícia britânica vigia perímetro do Parlamento em Londres, em 24 de maio de 2017. REUTERS/Neil Hall
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A polícia britânica anunciou nesta quarta-feira (24) a detenção de um quinto suspeito, como parte da investigação sobre o atentado suicida de Manchester, perto de Wigan (noroeste da Inglaterra). O homem estava em posse de “um pacote cujo conteúdo estamos examinando atualmente", segundo informou o comunicado da polícia. Quatro outros homens seguem em prisão preventiva nesta quarta. Três foram detidos durante a noite ao sul de Manchester, e um quarto na terça-feira (23).

"Está claro que estamos investigando uma célula [terrorista]", declarou à imprensa o comandante da polícia de Manchester, Ian Hopkins, ao ser questionado se estavam procurando especificamente o homem que fabricou a bomba que matou 22 pessoas e deixou 59 feridos ao final de um show da cantora pop americana Ariana Grande, na última segunda-feira (22).

Quase mil soldados foram mobilizados nesta quarta (24) nas ruas do Reino Unido depois que o governo ativou o nível máximo de alerta terrorista, e as autoridades divulgaram mais nomes de vítimas. Crianças, adolescentes, pais que esperavam os filhos. Os rostos e as histórias dos mortos aumentam a consternação no país.

Soldados nas ruas

A hipótese de cúmplices do atentado motivou a decisão do governo de ativar o nível máximo de alerta terrorista, agora no grau "crítico", que significa que outro ataque é "iminente". Em resposta ao aumento do nível de alerta, quase mil soldados foram mobilizados, segundo uma fonte do ministério da Defesa. Os militares chegaram de ônibus ao centro de Londres e seguiram para seus postos.

A Scotland Yard afirmou que os soldados permanecerão sob seu comando e integrados em sua estrutura para fornecer "proteção armada estática em locais chave", que incluem o Palácio de Buckingham, a residência da primeira-ministra, embaixadas e o Parlamento".

Dois meses antes do atentado de Manchester, um homem avançou com um carro contra pedestres que caminhavam perto do Parlamento, antes de matar um policial desarmado que protegia o edifício. O ataque deixou um total de cinco mortos.

Repercussão na imprensa

"Maldade pura" (The Sun), "Vidas jovens roubadas pelo terror" (The Guardian), "Orações pelos desaparecidos e os mortos" (Manchester Evening News): os jornais britânicos lamentam o ataque e publicam fotos das vítimas.

A polícia anunciou que concluiu o processo de identificação de todas as vítimas e entrou em contato com as famílias. Em quatro ou cinco dias, após a conclusão de todos os exames dos legistas, "poderemos comunicar formalmente os nomes" dos mortos, afirma a polícia em uma nota oficial. Nick Lewis, pai de uma menina ferida, explicou que sua filha foi "costurada, perfurada, vendada" e finalmente recomposta pelos médicos. "Será um longo caminho, mas já demos o primeiro passo", concluiu.

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