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Rússia/França

Putin pede a Macron para superar 'desconfiança mútua' e unir forças

O presidente russo, Vladimir Putin, pediu nesta segunda-feira (8) ao presidente eleito da França, Emmanuel Macron, para "superar a desconfiança mútua" ante "a ameaça crescente do terrorismo e do extremismo violento" no mundo. Depois de uma primeira reação negativa à vitória do centrista, ontem, de parte de um aliado na Câmara Baixa do Parlamento, Putin enviou hoje uma mensagem de felicitação ao futuro presidente francês.

O presidente russo, Vladimir Putin, convidou Macron a superar divergências.
O presidente russo, Vladimir Putin, convidou Macron a superar divergências. REUTERS/Sergei Ilnitsky
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"Os cidadãos da França confiaram em você para liderar o país em um período difícil para a Europa e para toda a comunidade mundial. A ameaça crescente do terrorismo e do extremismo violento está acompanhada por conflitos locais e pela desestabilização de regiões inteiras", afirma Putin em um telegrama de felicitação a Macron divulgado pelo Kremlin.

"Nestas condições é especialmente importante superar a desconfiança mútua e unir forças para assegurar a estabilidade e a segurança internacional", completa a mensagem. De acordo com o comunicado do Kremlin, Putin "confirma sua disposição para trabalhar em conjunto de maneira construtiva em assuntos bilaterais, regionais e globais". "Putin também desejou a Macron boa saúde, prosperidade e êxito em suas responsabilidades como chefe de Estado", indica o comunicado.

Ontem, após a divulgação do resultado desfavorável a Marine Le Pen, de extrema-direita, o presidente da comissão de informação da Câmara dos Deputados russa, Alexei Pouchkov, disse que a "decepção vai se instalar rapidamente, porque Macron herda um país dividido". A Rússia foi um dos poucos países no mundo a demonstrar desprezo pela vitória de Macron.

De Brasília a Pequim, a maioria das reações foi positiva. Pelo Twitter, o presidente Michel Temer parabenizou Macron pela vitória. O americano Donald Trump reconheceu uma "ampla vitória" do centrista contra a adversária da extrema-direita. Trump afirmou estar "impaciente para trabalhar com o novo presidente francês". A democrata Hillary Clinton também se manifestou, dizendo que a derrota da extrema-direita foi "uma vitória de Macron, da França, da União Europeia e do mundo". O reverendo Jesse Jackson, respeitado ativista americano pelos direitos civis, parabenizou o povo francês. "Vocês votaram pela união contra a divisão, pela esperança mais do que o medo", afirmou Jackson.

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, que forma com Macron uma nova geração de líderes jovens na política, manifestou o desejo de trabalhar com o francês na "implementação de uma agenda progressista para promover a segurança internacional e criar empregos para a classe média dos dois lados do Atlântico".

Na Colômbia, o presidente Juan Manuel Santos disse estar "emocionado". Pelo Twitter, ele felicitou Macron pelo “triunfo” e espera fortalecer a relação de “amizade e cooperação em paz, educação e comércio” com a França.

O premiê japonês, Shinzo Abe, evocou uma "vitória simbólica contra as tendências de isolamento e protecionismo, além de um voto de confiança na Europa".

O presidente chinês, Xi Jinping, garantiu que "Paris e Pequim compartilham uma responsabilidade importante em defesa da paz e do desenvolvimento no mundo".

Alívio na Europa

"Os franceses escolheram um futuro europeu", saudou o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.

A chanceler alemã, Angela Merkel, parabenizou Macron por telefone ontem à noite e disse que se alegra em trabalhar com o futuro presidente para aprofundar os laços entre os dois países. O porta-voz do goverrno alemão disse que essa "é uma vitória para uma Europa forte e unida e para a amizade franco-alemã", enfatizando que os eleitores franceses tomaram uma decisão clara pela Europa. O ministro das Relações Exteriores, o social-democrata Sigmar Gabriel, disse que os franceses optaram pelo otimismo e contra o cinismo e o ódio. A primeira viagem de Macron ao exterior será uma visita a Berlim, provavelmente depois de saudar as tropas francesas.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, "felicita sinceramente" Emmanuel Macron, declarou um porta-voz, enquanto o prefeito de Londres, Sadiq Khan, afirmou no Twitter que "os franceses optaram pela esperança acima do medo, pela unidade acima da divisão”.

Ainda na União Europeia, representantes da Itália, Grécia, Bélgica, Dinamarca, Espanha e Portugal parabenizaram Macron pela vitória.

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