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A Semana na Imprensa

Conheça Victoria Kawesa, a primeira negra a dirigir um partido na Europa

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A revista M do jornal Le Monde traz em sua edição desta semana um perfil de Victoria Kawesa. Aos 41 anos, ela é apresentada como sendo a “primeira negra a dirigir um partido político na Europa”.

Victoria Kawesa, no centro da foto, se tornou chefe do partido Iniciativa Feminista
Victoria Kawesa, no centro da foto, se tornou chefe do partido Iniciativa Feminista Reprodução/Le Monde
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Com o título “o rosto do ‘black feminism’ sueco”, a reportagem da revista M conta a trajetória de Victoria, que foi eleita em 26 de março para dirigir o Iniciativa Feminista, um pequeno partido político da Suécia.

Crescendo em um país que se diz igualitário e tolerante, “Victoria Kawesa denuncia os abusos patriarcais e racistas da sociedade sueca”, conta o texto. A jovem, cuja família vem de Uganda, relata que sentiu preconceito logo que entrou na escola primária, quando outros alunos cuspiram no seu rosto e seus livros foram jogados no lixo.

Adulta, ela continua sendo vítima de ataques, até que deixa o emprego e decide se dedicar à militância da causa negra, o que a tornou conhecida no país. Ao ser eleita, recebeu muitos cumprimentos, mas também muitas ameaças, relata o texto.

“Os brancos fazem como se a cor da pele não tivesse importância, mas negam o fato de que a pele branca tem um papel importante na obtenção de privilégios na sociedade”, explica nas páginas da revista. Para confirmar seus argumentos, ela lembra que na Suécia somente três em cada dez homens negros tem um emprego que corresponde ao seu diploma.

Victoria também prepara uma tese sobre o tema do “black feminism”, corrente vinda dos Estados Unidos e que ela afirma ser inexistente na Suécia. “A geração de minha mãe estava ocupada fazendo faxina e não tinha tempo para se organizar”, argumenta, dizendo que pretende mudar as coisas no país.

Cerca de 180 mil negros vivem na Suécia

O texto também ressalta que 40% dos 180 mil negros que vivem no país nasceram na Suécia. “Eles são vítimas de um quarto dos crimes de ódio”, analisa a reportagem.

A revista explica que além das causas feminista e antirracismo, o partido acrescentou uma dimensão pacifista em seus combates. A medida é uma resposta à estratégia adotada atualmente pela Suécia, que tem aumentado sua potência militar para enfrentar a ameaça russa.

O partido Iniciativa Feminista foi criado em 2005 e quase conseguiu entrar no Parlamento em 2014. Mesmo assim, faz parte de conselhos municipais – o equivalente da Câmara de vereadores – em treze cidades, inclusive na capital Estocolmo. Agora, a legenda espera conquistar novos lugares nas eleições previstas para 2018.

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