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Trump inventa atentado na Suécia em discurso contra migrantes

Ao discursar para simpatizantes na Flórida no sábado (18), o presidente americano, Donald Trump, se referiu a um atentado na Suécia que nunca aconteceu. O erro foi cometido quando ele quis mencionar lugares que haviam sido alvo de ataques terroristas.

Donald Trump em evento na Flórida
Donald Trump em evento na Flórida Reuters
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"Vejam o que está acontecendo na Alemanha, o que aconteceu ontem à noite na Suécia. A Suécia, quem diria? Eles receberam muitos refugiados. Estão tendo problemas que jamais imaginaram", afirmou no discurso, no qual defendeu seu decreto para impedir a entrada de cidadãos de sete países muçulmanos, que foi suspenso pela Justiça.

Ele também mencionou Bruxelas, Nice e Paris, cidades que realmente foram vítimas de ataques terroristas. No Twitter, a plataforma de comunicação preferida de Trump, os usuários faziam piadas com as hashtags #lastnightinSweden (#ontemànoitenaSuécia) e #SwedenIncident (#IncidentenaSuécia).

O ex-primeiro-ministro sueco Carl Bildt perguntou: "Ataque terrorista? O que você fumou? Muitas perguntas". Já Gunnar Hökmark, um membro sueco do Parlamento Europeu, retuitou uma mensagem: "#ontemànoitenaSuécia meu filho derrubou seu cachorro-quente na fogueira. Que triste! Como ele poderia saber?".

Críticas e ridicularizações

Mensagens inundaram a @sweden, conta oficial do país no Twitter, que é administrada a cada semana por um sueco diferente. A responsável desta semana, Emma, que se descreve como mãe e  bibliotecária, afirmou que a página havia recebido 800 menções em quatro horas.

"Não, nada aconteceu aqui na Suécia. Não ocorreu nenhum ataque terrorista aqui. Nada. As principais notícias agora são sobre o Melfest", disse, referindo-se à competição para escolher o artista que representará a Suécia no concurso Eurovision.

Em seu primeiro mês na Casa Branca, o governo de Trump tem sido alvo de críticas e ridicularizações por mencionar ataques que jamais ocorreram.

Sua assessora Kellyanne Conway, que tornou famosa a frase "fatos alternativos", se referiu ao "massacre de Bowling Green" durante uma entrevista.

Posteriormente disse em um tuíte que o que quis dizer era "terroristas de Bowling Green", em alusão a dois iraquianos que foram acusados em 2011 de tentar enviar armas e dinheiro à Al-Qaeda e utilizar  explosivos improvisados contra soldados americanos no Iraque.

E o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, fez três referências em uma semana a um atentado em Atlanta. Posteriormente disse que queria ter dito Orlando, a cidade da Flórida na qual um americano de origem afegã matou 49 pessoas em uma boate gay no ano passado.

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