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Linha Direta

Natal do Vaticano terá segurança reforçada após atentado de Berlim

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Neste sábado (24), o Papa Francisco vai celebrar o quarto Natal do seu pontificado. Na Itália, o ministro do Interior, Marco Minniti, anunciou medidas especiais de segurança, depois do atentado da última segunda-feira em Berlim, que deixou 12 mortos e 49 feridos.

O papa Francisco celebrará a tradicional Missa do Galo
O papa Francisco celebrará a tradicional Missa do Galo REUTERS/Tony Gentile
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Gina Marques, correspondente da RFI em Roma

Após os atentados de Paris, em 2015, a segurança do Vaticano já havia sido reforçada, principalmente a partir do Jubileu da Misericórdia, que começou em 8 de dezembro de 2015 e terminou em 20 de novembro passado.

As medidas especiais de segurança permanecem. Por exemplo, mais da metade da Via della Conciliazione, principal acesso ao Vaticano, está bloqueada ao trânsito de carros e ônibus. O policiamento é evidente, reforçado por militares e agentes à paisana.

Além disso, para entrar na Praça São Pedro, é preciso passar por várias barreiras de controle, com detectores de metais.

Depois do atentado em Berlim, o ministro do Interior da Itália, Marco Minniti se reuniu com o comando da polícia e serviços de inteligência para intensificar um esquema de segurança em todo o país, particularmente nas festas natalinas. O Vaticano, símbolo do cristianismo, pode ser um alvo de ataques terroristas. As celebrações do Papa atraem sempre milhares de fiéis.

Calendário tradicional

O Papa Francisco, respeitando o calendário tradicional, celebrará a Missa do Galo na Basílica de São Pedro neste sábado, a partir das 21h30 (18h30 em Brasília). No domingo (25), às 12h (9h Brasília), na sacada central da basílica, Francisco dará a bênção "Urbi et Orbi" (à cidade de Roma e ao mundo).

Já nas vésperas do Ano Novo, no dia 31 de dezembro, às 14h de Brasília, sempre na Basílica de São Pedro, o papa cantará o "Te Deum", hino de ação de graças.

E, em dia 1° de janeiro, Dia Mundial da Paz, o pontífice celebrará uma missa, a partir das 10h (7h em Brasília). O calendário prossegue em 6 de janeiro com a Missa da Epifania, às 7h de Brasília, e se encerra em 8 de janeiro com a missa dedicada aos batismos, a partir das 6h30 de Brasília.

Parabéns a programa de TV

Na quinta-feira (22), o papa entrou ao vivo por telefone para dar parabéns aos 30 anos do programa "Unomattina" , da televisão pública italiana.

Na mensagem, Francisco citou o exemplo do presépio, quando Deus decidiu se tornar um menino. Ele disse que “neste mundo, onde se adora tanto o deus dinheiro, que o Natal nos ajude a ver este Deus que se fez pequeno e reverteu os valores mundanos”.

O papa se encontrou também com a Cúria, o governo da Igreja católica, que ele está reformando, mas que ainda enfrenta resistências. Francisco falou dessas “resistências malvadas que brotam de mentes distorcidas e se apresentam quando o demônio inspira intenções malignas, muitas vezes em vestes de cordeiro”.

O pontífice ressaltou também que a reforma não é para embelezar a velha Cúria como uma cirurgia plástica. Ele afirmou que a Igreja não deve temer as rugas, e sim as manchas.

Na quarta-feira (21), o papa saiu da Cidade do Vaticano para comprar um par de sapatos ortopédicos numa loja no centro de Roma. Quando entrou no local, todos ficaram surpresos. Essa não foi a primeira vez. Dois anos atrás, para comprar óculos, ele escolheu uma loja também do centro da capital.

As imagens rodaram o mundo. Francisco quer deixar essa marca no seu pontificado, um papa simples e humano, que telefona e vai às compras como um cidadão comum.

Investigação do ex-grão chanceler da Ordem de Malta

Segundo a imprensa italiana, o alemão Albrecht von Boeselager, que era grão chanceler, foi demitido por não ter impedido distribuição de preservativos na África e em outras partes do mundo, onde se encontram estruturas médicas da Ordem de Malta.

Essa decisão foi considerada contrária à moral católica e uma falta grave do grão chanceler, segundo o jornal Il Messagero. O Vaticano não esclareceu o motivo da demissão.

A Ordem de Malta, cuja origem remonta ao ano de 1048 durante a época das Cruzadas, é formada por leigos de famílias nobres, que atualmente se dedicam a trabalhos humanitários.

Um comunicado da instituição afirma que Boeselager se recusou a sair, desacatando o pedido do grão mestre Matthew Festig. Essa recusa deu início a um procedimento disciplinar, que resultou na sua destituição no último dia 16 deste mês. A assessoria de imprensa do Vaticano comunicou que o papa Francisco nomeou um grupo de cinco membros para investigar o caso.

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