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Berlim/atentado

Autor de atentado de Berlim pode estar foragido

A polícia de Berlim indicou nesta terça-feira (20) que não tem certeza sobre o fato de que o único detido pelo atentado de segunda-feira contra um mercado de Natal, um requerente de asilo paquistanês, seja realmente o autor do ataque sangrento.

O caminhão do ataque foi retirado do local nesta terça-feira (20).
O caminhão do ataque foi retirado do local nesta terça-feira (20). REUTERS/Hannibal Hanschke
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"Não é certo que se trate do motorista", reconheceu à imprensa Klaus Kandt, chefe da polícia de Berlim, sugerindo que o verdadeiro responsável poderia estar foragido. "O suspeito nega os fato", tuitou paralelamente a polícia, pedindo para que a população permaneça vigilante.

A tragédia, que a chanceler alemã Angela Merkel classificou de "atentado terrorista" e que fez 12 mortos e 48 feridos, traumatizando o país e aumentando a polêmica sobre sua política de imigração, lembra, pelas circunstâncias, o ataque com caminhão em 14 de julho na cidade costeira francesa de Nice (86 mortos).

O ministro alemão do Interior, Thomas de Maizière, havia declarado que o suspeito era, "a priori", paquistanês. "Ele chegou na Alemanha no dia 31 de dezembro de 2015 e foi registrado antes de ir para Berlim, em fevereiro. Ele nega o crime. A investigação continua", acrescentou o ministro, indicando que o ataque ainda não foi reivindicado.

Mas uma fonte anônima na polícia de Berlim assegurou ao jornal Die Welt: "Temos o homem errado".
"O verdadeiro atacante ainda está foragido e armado e pode causar mais danos", acrescentou a fonte.

Testemunha ajudou na prisão de paquistanês

Segundo a polícia, uma testemunha do atentado teria ajudado na prisão do suspeito paquistanês perto de um parque. O homem teria corrido cerca de dois quilômetros atrás do suposto atacante, mantendo uma distância segura do mesmo. Durante a perseguição, ele manteve contato por telefone com a polícia, indicando a localização do suspeito até a avenida que leva ao Portão de Brandeburgo.

Enquanto a investigação foi confiada à procuradoria de combate ao terrorismo, a polícia realizou buscas em um dos principais centros de refugiados de Berlim, no antigo aeroporto de Tempelhof, informou vários meios de comunicação alemães.

Merkel é duramente criticada

Logo após o ataque, Angela Merkel recebeu uma enxurrada de críticas sobre sua política de imigração generosa. "Estes são os mortos de Merkel", denunciou em sua conta no Twitter um dos líderes do partido populista de direita Alternativa para a Alemanha (AFD), Marcus Pretzell. "A Alemanha não é mais segura" face "ao terrorismo do Islã radical", acrescentou outro membro da AFD, Frauke Petry, questionando a decisão da chanceler de abrir as portas do país em 2015 para quase 900 mil refugiados que fugiam da guerra e da pobreza, originários principalmente do mundo muçulmano. Aproximadamente 300 mil chegaram em 2016.

A tragédia ocorreu perto da Igreja Memorial, monumento da capital alemã com seu campanário destruído pelos bombardeios na Segunda Guerra Mundial. O caminhão foi retirado na terça de manhã. O balanço preliminar do drama era de pelo menos 12 mortos e 48 pessoas hospitalizadas, algumas em estado crítico. Nenhuma indicação foi dada sobre a identidade das vítimas.

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