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Áustria

Extrema-direita reconhece derrota em eleições presidenciais na Áustria

As primeiras projeções anunciadas neste domingo (4) pela televisão pública da Áustria apontam que o ecologista Alexander Van der Bellen venceu as eleições presidenciais. O Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ), de extema-direita, reconheceu a derrota.

O ultrarradical de direita Norbert Hofer (esq.) foi derrotado pelo ecologista Alexander Van der Bellen, de acordo com primeiras estimativas divulgadas na noite deste domingo (4).
O ultrarradical de direita Norbert Hofer (esq.) foi derrotado pelo ecologista Alexander Van der Bellen, de acordo com primeiras estimativas divulgadas na noite deste domingo (4). REUTERS/Leonhard Foeger
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As pesquisas apontam que Van der Bellen, de 72 anos, obteve 53,6% dos votos contra 46,4% para o ultrarradical de direita Norbert Hofer, em um segundo turno realizado poucos meses após a anulação de uma primeira votação em maio. Os resultados finais serão anunciados na segunda-feira (5).

"Felicito Alexander Van der Bellen por sua vitória e apelo a todos os austríacos a serem solidários e trabalharem juntos", declarou o candidato do Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ) em uma mensagem postada no Facebook na noite deste domingo.

O candidato ecologista, ex-professor universitário, se apresentou de forma independente e conquistou nos últimoes meses vários círculos eleitorais em relação ao segundo turno anulado em maio, de acordo com resultados parciais que começaram a ser publicados.

Há sete meses Van der Bellen havia se sagrado vencedor das eleições presidenciais com uma diferença de 31 mil votos em relação a Hofer. Mas o resultado foi cancelado a pedidos do FPÖ, que apontou irregularidades no processo. Na época, os ultrarradicais de direita reclamaram que os envelopes com as cédulas eleitorais foram abertos antes do prazo fixado pela lei.

Ascensão da extrema-direita preocupa a União Europeia

O segundo turno das eleições presidenciais austríacas foi acompanhado com preocupação em toda a União Europeia. Pela primeira vez, um candidato ultrarradical de direita poderia chegar à presidência de um país do bloco.

Embora o papel de chefe de Estado na Áustria seja essencialmente protocolar, Norbert Hofer e o FPÖ desejavam essa vitória simbólica para os populistas, seis meses após o Brexit e um mês após a vitória de Donald Trump nos Estados Unidos. O partido de extrema-direita, fundado por ex-nazistas, esperava solidificar sua presença no cenário político austríaco e transformar estas eleições em um trampolim para o poder executivo do país, tendo em conta as eleições legislativas de 2018.

O maior medo da parte dos europeus era que o um triunfo da extrema-direita na Áustria pudesse servir de incentivo a outros candidatos populistas na Europa, a exemplo da francesa Marine Le Pen e o holandês Geert Wilders. A França e a Holanda realizarão eleições em 2017.

Resultados definitivos serão anunciados na segunda-feira

Um total de 6,4 milhões de eleitores foram convocados às urnas. A maioria dos colégios eleitorais abriram às 7h locais (4h de Brasília) e fecharam às 17h (14h de Brasília).

Segundo o Ministério do Interior da Áustria, os resultados definitivos só deverão ser conhecidos na segunda-feira, quando os votos por correspondência serão contabilizados.

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