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Portugal/Economia

Portugal está virando a página da crise, diz comissário europeu

O comissário europeu de Assuntos Econômicos e Financeiros, Pierre Moscovici, considera que Portugal já está virando a página da crise econômica. A constatação se baseia nos bons resultados registrados pelo país neste trimestre.

O comissário europeu de Assuntos Econômicos e Financeiros, Pierre Moscovici (e) ao lado do ministro português das Finanças, Mario Centeno.
O comissário europeu de Assuntos Econômicos e Financeiros, Pierre Moscovici (e) ao lado do ministro português das Finanças, Mario Centeno. REUTERS/Rafael Marchante
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Segundo Moscovici, Portugal ainda sente os efeitos da crise. No entanto, “o crescimento é presente e isso teve um impacto no desemprego, que pela primeira vez desde 2010 baixou para a casa dos 10%”, explicou o representante de Bruxelas nesta sexta-feira (18), após um encontro com o ministro português das Finanças, Mario Centeno.

As declarações de Moscovici são feitas dois dias após a Comissão Europeia suspender a ameaça de corte dos fundos europeus para Portugal e Espanha por seu excessivo déficit em 2015. No entanto, Bruxelas alertou para o risco de que os orçamentos para 2017 desses países do sul da Europa não obedeçam as regras comunitárias.

Em 2015, o déficit português chegou a 4,4%. Um índice bem acima da recomendação de Bruxelas para esse ano, que era a de alcançar progressivamente os 3% previstos pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento para os países da zona do euro.

Políticas ambiciosas, mas favoráveis à justiça social

Portugal continua na lista dos oito países europeus (Espanha, Itália, Bélgica, Finlândia, Eslovênia, Chipre e Lituânia) criticados por Bruxelas por terem apresentado projetos de orçamento para 2017 distantes dos objetivos fixados. No entanto, no caso de Lisboa “o risco de não-conformidade com as normas europeias é extremamente mínimo”, ponderou o comissário. “É possível respeitar as regras e, ao mesmo tempo, ter políticas ambiciosas, favoráveis ao crescimento e à justiça social. Não há contradição”, disse o francês, em referência às mudanças recentes da política portuguesa.

Após quatro anos de rigor extremo imposto pela direita em troca de um plano de ajuda internacional, a chegada ao poder em novembro de 2015 de um governo socialista, aliado à esquerda radical, amenizou a política de austeridade enfrentada pela população. Além disso, se durante os dois primeiros trimestres o crescimento estava praticamente estagnado, no terceiro trimestre de 2016 o país registrou uma alta de 0,8% no Produto Interno Bruto (PIB), um dos índices mais elevados da zona do euro.

 

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