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Polônia/aborto

Polonesas vão às ruas contra lei que dificulta aborto

Milhares de polonesas vestidas de preto participam nesta segunda-feira (3) das manifestações contra uma proposta de lei que visa proibir definitivamente o aborto no país. A legislação polonesa já é uma das mais restritivas da Europa.

Protesto contra a nova proposta de lei que visa proibir o aborto na Polônia.
Protesto contra a nova proposta de lei que visa proibir o aborto na Polônia. REUTERS/Kacper Pempel TEMPLATE OUT
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A ação, divulgada nas redes sociais, e diversas manifestações devem acontecer em todo o país. Pelo menos 2000 pessoas se reuniram diante da sede do partido conservador Direito e Justiça, para formar uma corrente humana batizada de “Muro da Fúria”. Estão previstas mobilizações em várias cidades do país.

A manifestação é um protesto contra o projeto de lei “desumano” enviado na semana passada a uma comissão parlamentar, com o voto favorável de diversos deputados. A proposição foi apresentada pelo comitê “Chega de aborto”, e autoriza o ato apenas na última hora, se a mulher grávida estiver correndo risco de vida.

Cinco anos de prisão para médicos

O projeto de lei também prevê uma pena que pode chegar até cinco anos de prisão para médicos e outras pessoas envolvidas em um aborto, além das pacientes. “Estou aqui para que minha filha tenha a liberdade de escolha na Polônia, e que ninguém me imponha como eu devo viver, o que eu devo fazer com meu corpo”, diz a secretária Marta Kozlowska, de 37 anos.

“Ninguém tem o direito de decidir o que eu devo fazer com meu útero”, diz Kataryna Goluch, uma estudante de 17 anos. “Se um dia eu for estuprada, e a lei entrar em vigor, eu serei obrigada a guardar a criança. Mesma situação em caso de má-formação do feto. É preciso enfim dizer não!”, declara.

 

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