Papa reza em silêncio pelas vítimas do extermínio nazista em Auschwitz
O papa Francisco visitou nesta sexta-feira (29) os campos de concentração nazista de Auschwitz e Birkenau, na Polônia, país para onde viajou para participar da Jornada Mundial da Juventude. No total, o sumo pontífice passou uma hora e trinta minutos no local, rezando em silêncio.
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Geneviève Delrue, enviada especial da RFI à Polônia
Um silêncio intenso, mais denso que um discurso: foi dessa forma que o Sumo Pontífice visitou o local onde morreram um milhão de judeus de toda a Europa, além de cem mil poloneses e ciganos. Com uma expressão fechada, ele atravessou o portão que exibe a mensagem "Arbeit Macht Frei" ("O trabalho liberta", em português), sentou-se em um banco e rezou.
No "muro da morte", onde foram executados milhares de prisioneiros, o papa Francisco colocou sua mão, se recolheu e acendeu uma vela. Depois, na cela do santo polonês Maximilien Kolbé, o padre que ofereceu sua vida para salvar um pai de família, o Santo Padre passou cinco minutos em silêncio.
No campo de Birkenau, o sumo pontífice deu sequência à silenciosa visita, demonstrando que os vestígios dos fornos crematórios exigiam apenas oração e reflexão.
Depois do recolhimento, Francisco encontrou um grupo de sobreviventes do extermínio. Entre os presentes, estava o violinista Henela Niwiska, de 101 anos. A visita também contou com a participação de uma delegação da comunidade judaica polonesa de 30 pessoas, assim como com a primeira-ministra polonesa Beata Szydlo.
Essa foi a terceira vez que um papa visitou o local, símbolo dos horrores do nazismo. Antes dele, estiveram em Auschwitz-Birkenau João Paulo II, em 1979, e Bento XVI, em 2006.
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