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Turquia

Uma semana após tentativa de golpe, Erdogan amplia repressão na Turquia

A repressão política atingiu seu auge na Turquia uma semana após a tentativa de golpe de Estado contra o presidente Recep Tayyip Erdogan. Em entrevista concedida neste sábado (23) ao canal France24, do mesmo grupo da RFI, o líder turco rechaçou as críticas feitas pela União Europeia sobre a onda repressiva no país.

Presidente turco concede entrevista exclusiva ao canal France24.
Presidente turco concede entrevista exclusiva ao canal France24. Reprodução
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“A União Europeia é tendenciosa e preconceituosa e continuará a agir desta maneira”, disse Erdogan. Uma série de novas medidas foi anunciada neste sábado pelo governo, entre elas a ampliação do tempo das prisões temporárias de quatro para 30 dias.

O Estado de Emergência também levou ao fechamento de mil escolas privadas, 15 universidades e 19 sindicatos, entre outras instituições, todos acusados de ligação com o teólogo Fethullah Gülen, que vive exilado nos Estados Unidos e a quem Erdogan credita a responsabilidade pela tentativa de golpe.

Na sexta-feira, cerca de 300 militares da guarda presidencial, 10% deste regimento, foram presos. Segundo o próprio governo, 11 mil pessoas, entre militares, professores e servidores foram interpelados pela polícia desde a tentativa de golpe.

Provocações à União Europeia

Bruxelas ameaça as suspensões de negociação da adesão da Turquia à União Europeia, caso o governo turco volte a estabelecer a pena de morte. Na entrevista à France24/RFI, Erdogan disse esta será uma decisão do povo. “Se o meu povo, meu país, pede sem parar a pena de morte e se os representantes do povo no parlamento concordam, devo respeitar este pedido”, disse o líder turco.

O presidente islamo-conservador fez pouco caso das ameaças de Bruxelas. “Faz 53 anos que a Europa nos deixa esperando na porta”, provocou, em referência à primeira tentativa de adesão, ocorrida em 1963, seguida de um pedido formal em 1987 e do início do processo de negociação em 2005.

 

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