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Theresa May/Cameron

Ministra britânica Theresa May é apontada como opção para suceder Cameron

A ministra britânica do Interior, Theresa May, que ficou em segundo plano durante a campanha do plebiscito sobre a União Europeia (UE), é apontada como uma figura de consenso e a alternativa a Boris Johnson na luta pela sucessão ao primeiro-ministro David Cameron.

A ministra do Interior britânica, Theresa May, é apontada como opção para barrar Johnson na sucessão a Cameron.
A ministra do Interior britânica, Theresa May, é apontada como opção para barrar Johnson na sucessão a Cameron. REUTERS/Phil Noble
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"Ela permaneceu discreta durante a campanha e pode, portanto, beneficiar-se de um apoio mais amplo dentro do Partido Conservador para tornar-se a candidata capaz de barrar Boris", disse à AFP David Cutts, professor de Ciências Políticas na Universidade de Bath.

Boris Johnson é o favorito dos simpatizantes do Brexit, mas, de acordo com Tim Oliver, da London School of Economics, o próximo primeiro-ministro "não tem obrigatoriamente que ser alguém envolvido na campanha do plebiscito".

Conservadora passou para o lado da UE no final da campanha

Theresa May, de 59 anos, conhecida por sua postura eurocética, passou a defender a permanência na União Europeia no final da campanha, mas seu assessor político trabalhou pelo Brexit. "A UE está longe de ser perfeita, mas é do interesse nacional permanecer um integrante do grupo", declarou em fevereiro. Em abril, May se limitou a afirmar, durante seu único grande discurso de campanha, que sair da UE "não resolveria todos os problemas de imigração" do Reino Unido.

Filha de um reverendo anglicano, Theresa May reuniu uma equipe e trabalha nos bastidores para conseguir o apoio dos parlamentares conservadores, segundo o jornal The Daily Telegraph. Sua postura de consenso levou o Sunday Times a apresentá-la, quatro dias antes do referendo, como "a única figura capaz de unir as alas rivais do Partido Conservador".

Ela é apontada como “a nova Margaret Thatcher”

May, que com frequência é descrita como "a nova Margaret Thatcher", iniciou a carreira política em 1986, depois de estudar na Universidade de Oxford e trabalhar brevemente no Banco da Inglaterra. Ela foi eleita vereadora do distrito londrino de Merton. Em 1997, tornou-se deputada conservadora pelo distrito de Maidenhead, em Berkshire (sul da Inglaterra).

De 2002 a 2003 foi a primeira mulher a ocupar o cargo de secretária-geral do Partido Conservador. De 1999 a 2010 ocupou diversos cargos no gabinete paralelo conservador, quando o partido estava na oposição. Com a eleição de David Cameron como primeiro-ministro em 2010, May foi designada ministra do Interior, cargo que mantém seis anos depois, consequência da vitória eleitoral conservadora no ano passado.

Casada desde 1980 com Philip John May, um executivo do setor bancário, a elegante Theresa May não tem filhos, gosta de passeios e de cozinhar. Ela ganhou destaque no governo por sua linha implacável contra o crime. É protestante praticante, mas já se manifestou a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
 

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