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A Semana na Imprensa

Parmesão é o segundo produto alimentar mais falsificado do mundo

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Quem não gosta de um espaguete coberto de parmesão ralado? O queijo é um complemento obrigatório da cozinha italiana, mas na hora de despejá-lo sobre a massa, pouca gente se pergunta se está comendo um parmesão de verdade. A revista Les Echos Week-end, do jornal francês de mesmo nome, mostra que, devido ao próprio sucesso, o produto hoje é o segundo mais falsificado do mundo no setor alimentício.

Parmesão de verdade é só o italiano.
Parmesão de verdade é só o italiano. (Photo : Filippo Monteforte/AFP)
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A reportagem explica que, nos Estados Unidos, o parmesão falsificado virou a regra. No lugar do queijo produzido na região de Emilia Romagna, denominação de origem controlada do norte da Itália, a versão americana é um arremedo de celulose com outros queijos baratos.

Em fevereiro, lembra Les Echos Week-end, a agência Bloomberg denunciou que “100% do parmesão ralado” da gigante agroalimentar Kraft Heinz “contêm 3,8% de celulose”. A receita improvisada foi descoberta em 2012 pela agência americana de alimentação e medicamentos, a FDA.

Desde então, outras investigações mostraram que a prática é disseminada no país. Outras marcas chegam a acrescentar 9% de celulose na receita, uma tática para aglutinar melhor os queijos.

Regulamentação fraca no exterior permite falsificações

Ao Les Echos, os representantes do setor reclamaram que a falta de regulamentação no exterior abre espaço para esse tipo de fraude. A legislação americana não proíbe que as marcas façam trocadilhos com o verdadeiro nome do produto – Parmigiano Reggiano – e façam referências à Itália na embalagem, sem que o produto jamais tenha tido qualquer relação com o país europeu.

O fenômeno não se restringe aos Estados Unidos e se repete em vários países de fora da União Europeia, onde a legislação em vigor proíbe esse tipo de imitação grosseira. O site chinês Alibaba vende toneladas de falso parmesão diariamente. A revista informa que, em 2014, a fabricação de parmesão falsificado ultrapassou, pela primeira vez, a do verdadeiro queijo italiano. Atualmente, apenas o champagne francês é mais falsificado, entre os produtos alimentícios.

Já na Europa, os desafios são verificar o conteúdo das embalagens de queijo ralado, que pode deixar escapar misturas, e ampliar a fiscalização da origem do queijo usado em produtos congelados.
 

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