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Reino Unido/UE

David Cameron anuncia que deixará o cargo em outubro

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou nesta sexta-feira (24) a intenção de renunciar ao cargo, depois que 51,9% dos britânicos votaram a favor da saída do Reino Unido da União Europeia. Cameron ficará no cargo até outubro. "O próximo primeiro-ministro deve iniciar o processo de saída da UE", afirmou o chefe de governo.

David Cameron anunciou na manhã desta sexta-feira (24) que deve deixar o cargo de primeiro-ministro britânico.
David Cameron anunciou na manhã desta sexta-feira (24) que deve deixar o cargo de primeiro-ministro britânico. REUTERS/Stefan Wermuth
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"Eu não penso que seria correto tentar ser o capitão que orienta nosso país até até seu próximo destino", disse Cameron diante da residência oficial de Downing Street. Ele completou que o "novo primeiro-ministro deveria estar no cargo antes do início do congresso do Partido Conservador", em outubro. O próprio Cameron convocou o plebiscito e colocou seu futuro político em jogo. A demissão anunciada representa o fracasso de sua escolha.

Após dois meses de uma campanha dura e tensa, que teve como momento mais dramático o assassinato da deputada trabalhista e pró-UE Jo Cox, 46,5 milhões de eleitores responderam a seguinte pergunta: "O Reino Unido deve permanecer como membro da União Europeia, ou abandonar a União Europeia"?

Nunca um grande país abandonou a UE desde o nascimento do projeto europeu nos anos 1950, quando as nações ainda viviam sob os escombros da Segunda Guerra Mundial, e metade do continente era governado por ditaduras. Atualmente, a UE engloba 28 países democráticos.

O Reino Unido entrou para o bloco em 1973 e, dois anos depois, organizou um referendo para calar os eurocéticos, com vitória da permanência. A votação desta quinta-feira dificilmente encerrará esse debate.

"Estamos em território desconhecido", afirmou o professor Chris Bickerton, da Universidade de Cambridge e autor de "The European Union: A Citizen's Guide". "A saída será um golpe muito duro para UE. Há muito tempo a moral não estava tão baixa em Bruxelas", disse o especialista à AFP.

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