Cameron defende em debate permanência do Reino Unido na União Europeia
Faltando apenas três semanas do referendo que vai decidir sobre o futuro do Reino Unido na União Europeia, o assunto começa a esquentar com o início de uma série de debates na televisão. Na noite de quinta-feira (2), o primeiro-ministro David Cameron respondeu ao vivo a perguntas dos eleitores britânicos e defendeu a permanência do país no bloco.
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Maria Luisa Cavalcanti, correspondente da RFI, em Londres
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, teve uma noite dura na quinta-feira. Ele respondeu ao vivo e em rede nacional a perguntas incisivas de eleitores que ainda estão indecisos sobre votar ou não pela saída do Reino Unido da União Europeia.
A imigração foi a principal preocupação da plateia. Muitos eleitores se mostraram insatisfeitos com o fato de o Reino Unido ser um dos países europeus que mais recebe imigrantes, e que isso, segundo eles, estaria prejudicando a economia do país.
Mas Cameron insistiu que permanecer no bloco é a única maneira de os britânicos continuarem com uma economia forte, com empregos e em crescimento. Para ele, sair da União Europeia seria uma aposta arriscada para o país.
Série de debates
O programa de TV desta quinta-feira foi o primeiro em uma série de debates e entrevistas que ocorrerão até às vésperas do referendo, marcado para 23 de junho.
David Cameron se recusou a participar de debates frente-a-frente com os defensores da campanha pela saída do Reino Unido, pois muitos deles fazem parte de seu próprio gabinete. Nesta sexta-feira (3), por exemplo, o ministro da Justiça, Michael Gove, que defende a saída, participa de um programa no mesmo formato e no mesmo canal de TV.
Na próxima terça-feira (7), Cameron responderá a perguntas ao vivo em outro programa, do qual também participa o líder ultranacionalista Nigel Farage, do Partido pela Independência do Reino Unido (UKIP).
As últimas pesquisas de opinião, divulgadas há três dias, indicam que os dois lados estão empatados, cada um com 41% das intenções de voto, e ainda há 13% de indecisos.
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