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Europa/imigração

Comissão Europeia defende acordo com a Turquia para conter fluxo de imigrantes

O acordo firmado entre a União Europeia e a Turquia é a única solução possível para conter o fluxo de imigrantes, disse nesta quinta-feira (29) o vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans. 

Imigrantes continuam chegando na costa da Europa em embarcações precárias, principalmente na Grécia e na Itália.
Imigrantes continuam chegando na costa da Europa em embarcações precárias, principalmente na Grécia e na Itália. SOS Mediterranee/Handout via REUTERS
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De acordo com as organizações humanitárias, o documento desrespeita as leis internacionais, mas segundo Timmermans, esta é a única maneira de “resolver o problema. Aqueles que criticam o acordo nunca propuseram outra soluçao”, declarou. Concluído no dia 18 de março, o acordo prevê que a Europa “devolva” à Turquia a maioria dos imigrantes que chegarem às ilhas gregas. Em troca, os turcos pediram a livre circulação de seus cidadãos na União Europeia, mas a questão não será negociada, diz o vice-presidente da Comissão.

O representante europeu também elogiou a atuação da Grécia na questão, dizendo que o país faz “esforços inacreditáveis”. A Comissão Europeia deve entregar até o próximo dia 12 de maio um relatório sobre o plano grego apresentado à UE, que visa proteger o espaço Schengen de livre circulação do fluxo migratório massivo.

Caso a Comissão Europeia julgue a ação grega insuficiente, poderia autorizar que alguns países prolonguem o controle nas fronteiras internas do espaço Schengen por até dois anos. Segundo o plano, a Grécia deve, com o apoio europeu, receber os imigrantes que chegam das costas turcas e resolver questões administrativas envolvendo pedidos de asilo, antes do reenvio para a Turquia.

O vice-presidente da Comissão Europeia também pediu aos estados membros que acelerem a distribuição de dezenas de milhares de refugiados que chegaram à Grécia antes da entrada em vigor do acordo.

Ban Ki Moon critica política restritivas contra migrantes

O secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, se disse preocupado com a adoção na Europa de políticas cada vez mais restritivas em relação aos migrantes. A declaração foi dada durante um discurso no parlamento austríaco, um dia depois de o país anunciar o endurecimento na política migratória, e a possibilidade de decretar um um "estado de emergência". 

Essa decisão abre um precedente para suspender o direito de asilo no país. "Quero acreditar que a Áustria continuará a contribuir aos esforços da União Europeia para cooperar nessa questão", disse. Ban Ki Moon lembrou que ele mesmo fugiu quando tinha seis anos, durante a guerra entre as duas Coreias em 1947.

A Áustria recebeu 90 mil refugiados em 2015, mais de 1% de sua população. Desde então, ela fechou progressivamente suas fronteiras, em um contexto de crescimento da extrema-direita, marcado pela vitória do candidato do partido do FPO, Norbert Hofer, que venceu o primeiro turno nas últimas eleições presidenciais, no dia 24 de abril, com 35% dos votos.
 

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