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UE/Crise migratória

Cinco migrantes morrem afogados na costa da Grécia

Cinco migrantes, quatro mulheres e uma criança, morreram afogados ao largo da ilha grega de Samos, informou neste sábado (9) a guarda costeira. Os refugiados sírios continuam tentando chegar à Grécia, apesar do polêmico acordo de deportação entre a União Europeia e a Turquia. Ontem (8), a Grécia expulsou para a Turquia um segundo grupo de migrantes.

Migrantes detidos no centro de refugiados de Vial, na ilha grega de Chios.
Migrantes detidos no centro de refugiados de Vial, na ilha grega de Chios. LOUISA GOULIAMAKI / AFP
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Os cinco migrantes morreram afogados neste sábado no Mar Egeu, depois que embarcação em que viajavam, procedente da costa turca, naufragou perto da ilha grega. Cinco migrantes puderam ser salvos, disse uma fonte da guarda costeira. As autoridades ainda procuram eventuais desaparecidos da tragédia.

Apesar das tentativas da União Europeia (UE) de reduzir o fluxo migratório, acidentes continuam acontecendo no Mar Egeu, entre a Grécia e a Turquia. No dia 14 de março, oito pessoas desapareceram em um naufrágio diante da ilha de Kos.

De acordo com a Organização Internacional para Migrações (OIM), mais de 150.000 pessoas chegaram à Grécia procedentes da Turquia desde janeiro, a maioria sírios, sendo que 366 morreram na travessia.

Grécia expulsa segundo grupo de migrantes para a Turquia

Cumprindo o acordo firmado entre a UE e Ancara no mês passado, a Grécia expulsou nesta sexta-feira (8) para a Turquia um segundo grupo de migrantes. As autoridades gregas informaram que dois barcos levaram de volta 124 refugiados que entraram ilegalmente no país e não solicitaram asilo.

Na ilha de Lesbos, um grupo tentou barrar a saída de um dos barcos, e três ativistas foram detidos quando tentaram impedir a partida do porto de Mitilene, segurando a âncora. Os ativistas gritaram frases como "Vergonha para a UE" e "Liberdade para os refugiados".

Os refugiados, transportados em embarcações fretadas pela agência de fronteiras da UE, Frontex, desembarcaram no porto de Dikili, no oeste da Turquia. Eles serão submetidos a "controles de identidade e de saúde", segundo uma fonte local que pediu anonimato. Em seguida, os migrantes serão levados de ônibus "provavelmente para Kirklareli", noroeste da Turquia, onde existe um campo de refugiados.

O governo grego informou que 111 imigrantes mandados de volta eram paquistaneses e quatro, iraquianos. Também havia bengaleses, indianos, marroquinos, egípcios e um palestino. O primeiro grupo havia sido expulso na segunda-feira (4).

Segundo os termos do acordo entre a UE e Ancara, todos os imigrantes que chegarem de maneira irregular às ilhas gregas a partir da Turquia correm o risco de expulsão. Em troca, a Turquia receberá uma ajuda de € 6 bilhões e no mês de junho será suspensa a exigência de visto aos cidadãos turcos em viagens para a UE.

Corrida para pedidos de asilo

Diante da situação, muitos dos 3.000 migrantes bloqueados em Lesbos correram para apresentar pedidos de asilo. O fato levou as autoridades gregas a adiar as expulsões para ter tempo de analisar as demandas individualmente.

O acordo entre o bloco europeu e Ancara foi muito criticado por diversas organizações de direitos humanos, que o chamaram de "desumano". Dezenas de migrantes bloqueados em ilhas gregas, próximas da Turquia, anunciaram o início de uma greve de fome para evitar a expulsão e pedir a reabertura das fronteiras nos Bálcãs.

Queda de pedidos de asilo

Na Alemanha, a apresentação de novos pedidos de asilo registrou queda de 66%. Em março, 20.000 pessoas foram cadastradas, contra 60.000 em fevereiro, anunciou nesta sexta-feira (8) o ministro do Interior, Thomas de Maizière.

Em 2015 a Alemanha recebeu 1,1 milhão de solicitantes de asilo, depois que a chanceler Angela Merkel decidiu abrir as portas do país aos refugiados.

Londres preocupada com menores refugiados sozinhos retidos em Calais

O Comissariado Britânico para a Infância pediu neste sábado às autoridades francesas para acelerar o tratamento dos casos de menores desacompanhados presos na "selva" de Calais, como é chamado o acampamento de refugiados no norte da França. As autoridades britânicas estimam que pode haver 150 crianças sozinhas no local, considerado muito perigoso.

Também há preocupação com o destino de 129 menores refugiados desaparecidos no mês de março, segundo a associação "Help Refugees", e convocou as autoridades francesas a fazer todo o possível para encontrá-las. Na semana passada, a Defensora da Infância francesa, Geneviève Avenard, anunciou que sete menores que viviam sozinhos na selva de Calais puderam se reunir com seus familiares no Reino Unido.

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