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Premiê belga diz que atentados foram um fracasso para o país

Os atentados em Bruxelas foram um fracasso para a Bélgica, afirmou nesta quarta-feira (6) o primeiro-ministro Charles Michel, duas semanas após os ataques. Ele negou, porém, que seu país seja "um Estado falido".

Charles Michel na coletiva de imprensa
Charles Michel na coletiva de imprensa JOHN THYS / AFP
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"Quando há um atentado como esse, há obviamente um fracasso", afirmou Michel em uma coletiva para a imprensa internacional. Ele negou as acusações de laxismo contra as autoridades desde os atentados de Paris, em 13 de novembro, ataques que foram planejados e organizados em grande parte na Bélgica.

"Nosso país precisou de apenas alguns meses para deter Salah Abdeslam, suspeito-chave dos atentados de Paris e com estreitos vínculos com os autores dos ataques em Bruxelas", afirmou Michel, recordando que, para prender Bin Laden, foram necessários dez anos.

"Somos um pequeno país no coração da Europa. Uma plataforma de onde é muito fácil organizar atentados em outros países europeus", admitiu.

Prioridade é compartilhar informações

Atualmente, a prioridade, segundo o premiê, é trabalhar no maior compartilhamento de informação e acelerar o Registro Nacional de Passageiros (conhecido pela sigla PNR, em inglês), "que está sendo discutido há 10 anos".

"Temos que trabalhar de forma mais eficaz", disse Michel, acrescentando que o combate à radicalização e ao terrorismo é uma tarefa global e que "não existe risco zero".

Na coletiva de imprensa, o ministro-presidente da região de Bruxelas, Rudi Vervoort, anunciou que o metrô deve voltar a funcionar totalmente no final da próxima semana.

Os políticos disseram ainda que a vida voltou ao normal na Bélgica, lembrando a reabertura progressiva do aeroporto de Zaventem e o patrulhamento intensivo feito por policiais e militares.

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