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Terrorismo

Jornais incitam europeus a superar divergências e reagir ao Estado Islâmico

Os jornais franceses desta quarta-feira (23) dão a mesma interpretação aos atentados ocorridos ontem em Bruxelas: a Europa está em guerra e o coração do continente foi atingido pela organização terrorista Estado Islâmico.

Ruas de Bruxelas foram tomadas por flores, velas e mensagens em homenagem às vítimas dos atentados de 22 de março de 2016.
Ruas de Bruxelas foram tomadas por flores, velas e mensagens em homenagem às vítimas dos atentados de 22 de março de 2016. REUTERS/Francois Lenoir
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O jornal Le Figaro afirma em seu editorial que a Europa tem um inimigo: os jihadistas do Estado Islâmico, que agora ampliam suas ações iniciadas na França no ano passado. Em Bruxelas, os extremistas não só visaram um país aliado do governo francês na luta antiterrorista como escolheram, como símbolo, "o centro nevrálgico da União Europeia". "Diante de um inimigo que se impõe dessa maneira, a Europa deve mostrar sua força e capacidade de proteger seus cidadãos", afirma o diário. Diante do massacre em Bruxelas, os governantes estão diante da última chance que lhes é dada para defender o projeto europeu, estima o jornal.

O diário econômico Les Echos retoma o slogan de solidariedade criado na época dos atentados contra a redação de Charlie Hebdo: "hoje somos todos belgas". As explosões em Bruxelas constituem um grave ataque à União Europeia. Um golpe que é agravado pelas incertezas sobre a permanência do Reino Unido no bloco, a crise migratória sem precedentes, uma união monetária fragilizada e um crescimento econômico moroso, que alimentam os partidos populistas. Segundo Les Echos, os fanáticos se divertem com a perspectiva de explosão da Europa. "Mas nós não daremos a eles essa vitória", promete o Les Echos.

Imprensa defende reação forte a atentados

O jornal de esquerda Libération diz que os franceses conhecem na carne a tristeza sentida hoje pelos belgas. E lança um apelo desesperado para que os governantes do bloco não deixem esvanecer o tão acalentado projeto de união dos povos europeus. É hora de reagir, diz o editorial do Libération, defendendo mais cooperação, união e solidariedade entre os Estados democráticos, tanto na ação dos serviços de inteligência como na articulação política.

Até o diário católico La Croix fala em dar respostas claras aos atentados jihadistas. Sem defender a violência, La Croix diz que a Europa deve se defender desses ataques. "A velha Europa deve se mostrar fiel à sua tradição humanista. Vítima de violência indiscriminada, o bloco agrediria a si mesmo se não se defendesse. Mas o La Croix faz também uma advertência: os europeus não devem ceder à vingança nem eleger bodes expiatórios, em referência às generalizações que fazem sobre os muçulmanos e o extremismo.

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