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Justiça

Pilota ucraniana é julgada culpada pela morte de dois jornalistas russos

A pilota militar ucraniana Nadia Savtchenko foi considerada culpada pela morte de dois jornalistas russos na região separatista do leste da Ucrânia em 2014. A decisão foi anunciada na manhã de segunda-feira (21) por um tribunal de Donetsk, pequena cidade russa da província de Rostov, próxima da fronteira com a Ucrânia.

A Rússia condena a pilota ucraniana Nadia Savtchenko de ter assassinado dois jornalistas russos na região separatista do leste da Ucrânia em 2014.
A Rússia condena a pilota ucraniana Nadia Savtchenko de ter assassinado dois jornalistas russos na região separatista do leste da Ucrânia em 2014. REUTERS/Stringer
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No seu despacho, o juiz do caso afirmou que o mentor do assassinato era um ex-comandante do batalhão ucraniano ao qual a pilota estava subordinada. Ele teria oferecido o material necessário para o crime. Segundo o tribunal, Nadia, de 34 anos, informou o exército ucraniano a posição exata dos dois jornalistas, mortos por um disparo de morteiro.

A pilota rejeita as acusações e disse ter sido capturada pelos rebeldes pró-russos e levada para a Rússia antes da morte dos dois jornalistas. Nadia está detida há quase dois anos. A leitura do veredito deve durar até esta terça-feira (22) quando será anunciada a pena, que pode chegar a 23 anos de prisão.

Entenda o caso

Inicialmente acusada de "cúmplice" nas mortes dos jornalistas Igor Korneliuk e Anton Volochin, Nadia Savtchenko respondeu como "co-autora de um assassinado premeditado". Os dois morreram atingidos por um morteiro e Nadia teria corrigido os tiros das forças ucranianas. A piloto de helicóptero rejeita todas as acusações contra ela.

Rússia e Ucrânia usaram politicamente as circunstâncias de sua prisão: Kiev afirma que ela foi sequestrada por rebeldes pró-russos na Ucrânia e transportada para o outro lado da fronteira. Moscou garante que ela foi presa na Rússia, onde ela tentava entrar se fazendo passar por uma refugiada.

Diversos dirigentes ocidentais exigiram do presidente Vladimir Putin a liberdade da militar, que passou 84 dias em greve de fome para protestar contra sua detenção.

Nadia Savtchenko foi uma das primeiras mulheres ucranianas a receber treinamento de piloto. Ela integrou, em 2005, o contingente ucraniano enviado ao Iraque dentro da coalizão capitaneada por Estados Unidos e Grã-Bretanha.

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